sábado, 11 de junho de 2011

10 de Junho: XIMENES BELO DEFENDE CRIAÇÃO DE “NOVA ÉTICA CÍVIL”




NL - LUSA

Lisboa, 10 jun (Lusa) -- O bispo resignatário de Díli, D. Ximenes Belo, defendeu hoje a necessidade de "uma nova ética civil que tem por base a dignidade da pessoa humana e a igualdade da mesma".

D. Ximenes Belos falava durante a celebração de uma "missa por intenção de Portugal e de sufrágio pelos combatentes que tombaram pela Pátria" no Mosteiro dos Jerónimos, a que assistiram cerca de 200 pessoas, entre elas, o Duque de Bragança, Duarte Pio, antigo combatente.

O bispo timorense afirmou que essa "nova ética civil" deve "prescindir da raça, do sexo, da religião, etc.".

O prelado timorense afirmou ainda que "o país será mais desenvolvido, mais justo, mais social (...) quanto os seus construtores [mais] forem educados nos valores morais e éticos".

D. Ximenes Belo apelou ainda para que se formem as novas gerações "no sentido do bem comum acompanhado no interesse efetivo pelo bem-estar do meio e do mundo".

O bispo resignatário, que celebrou a missa coadjuvado pelo cónego de Santa Maria de Belém, José Ferreira, e o major capelão da Força Aérea Portuguesa, Jorge Almeida, lembrou todos os que lutaram pela defesa de Portugal, afirmando que muitos morreram, outros ficaram "traumatizados", "mutilados" e mesmo "os que regressaram sãos e salvos, todos vieram animados do mesmo espírito de dever cumprido: servir a Pátria, servir Portugal".

"Muitos mancebos abandonaram as suas aldeias e vilas para irem para o ultramar defender a integridade território nacional do Minho a Timor, dar o exemplo de sacrifício, dedicação, e trabalho ajudando os seus irmãos das antigas colónias a saírem das trevas da ignorância e do subdesenvolvimento", disse Ximenes Belo.

Na celebração, que fez dezenas de turistas esperarem à porta do mosteiro para visitarem o monumento, vários ex-combatentes empunhavam os estandartes das respetivas associações, nomeadamente a de Comandos, e as de Antigos Combatentes de Portimão-Lagoa, Batalha, Sintra, Peniche, Mafra, Vendas Novas, Lixa, Braga e Rio Maior, e ainda a Associação de Veteranos de Guerra do Ultramar do Centro -- Cantanhede, a Associação de Fuzileiros e também da Federação das Associações de Antigos Combatentes.

As cerimónias evocativas dos combatentes prosseguiram na zona de Belém, junto ao Forte do Bom Sucesso, onde está desde 1994 erigido um monumento aos Combatentes. Nos muros do Forte em lápides de mármore estão inscritos os nomes dos militares portugueses mortos em palcos de guerra durante o século XX.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Servir a Patria, servir Portugal"

Infelizmente eles foram carne de canhoes em defesa de ideal que tinha derrotado antes deste irem para alem-mar e defende-lo.

Os Indonesios nao aprenderam e foram para Timor-Leste onde os timorenses receberam-os com festas de 'benvindo' com balas e morteiradas. Muitos dos soldados indonesios regressaram a casa viajando em transportes de luxos que se chamam CAIXOES. 24 anos depois tiveram as mesma sorte que os portuguese que foram para a Africa: derrotados e humilhados: "todos vieram (des)animados do mesmo espirito de dever [nao] cumprido: (de)servir a Patria, (de)servir Portugal.

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