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Atenas, 04 jun (Lusa) -- Centenas de pessoas responderam em Atenas às convocatórias sindicais para protestar contra as novas medidas de austeridade, face ao mais recente acordo alcançado pelo Governo grego com os seus credores da zona euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os dois principais sindicatos gregos, a GSEE, que representa o setor privado, e a ADEDY, ligada à função pública, apelaram à realização da manifestação para "resistir à barbárie social", após o anúncio de novos sacrifícios que a população terá de fazer para melhorar as finanças públicas e revitalizar a economia.
"Opomo-nos ao Governo e ao memorando[acordo com a União Europeia e o FMI] devido a estas medidas bárbaras e antissociais", disse à AFP Gregoris Kalominis, dirigente da ADEDY, enquanto um sindicalista da GSEE, Nektarios Darzakis, defendeu o "aumento da pressão" para "obter a queda do Governo e o fim do memorando".
O primeiro-ministro grego, Yorgos Papandréu, reuniu-se na sexta-feira no Luxemburgo com o presidente do Eurogrupo, Jean-claude Juncker, para discutir o apoio financeiro da Europa à Grécia, tendo as reuniões sido concluídas de forma "positiva", abrindo a porta à libertação da quinta tranche do empréstimo acordado em 2010.
A Grécia deverá, assim, receber em breve, a quinta tranche do empréstimo, no valor de 12 mil milhões de euros.
Em contrapartida, a Grécia deverá comprometer-se a aplicar novas medidas de austeridade para cumprir as metas do défice, que poderão incluir um limite inferior aos impostos sobre o rendimento e o aumento dos impostos sobre o tabaco, o combustível e os refrigerantes.
*Foto em Lusa
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