terça-feira, 30 de agosto de 2011

PESSIMISMO TOMA CONTA DOS CONSUMIDORES




EUDORA RIBEIRO - ECONÓMICO

Este é um Verão deprimente com a confiança dos consumidores a cair de forma abrupta tanto em Bruxelas como em Nova Iorque.

A confiança dos consumidores norte-americanos afundou em Agosto para o valor mais baixo desde Abril de 2009, devido ao agravamento das perspectivas em relação ao mercado de trabalho, os rendimentos e as condições de negócio.

Dados divulgados ao início da tarde mostraram que o índice do Conference Board tombou para os 44,5 pontos em Agosto, depois dos 59,2 pontos registados em Julho. Foi a maior quebra desde Outubro de 2008, logo depois da falência da Lehman Brothers, e uma evolução pior do que a esperada pelos economistas sondados pela Bloomberg, que antecipavam um recuo para os 52 pontos este mês.

A taxa de desemprego acima dos 9%, a descida dos preços das casas e a elevada volatilidade dos mercados accionistas registada este mês, são factores que motivaram um aumento do pessimismo entre os consumidores da maior economia do mundo.

Mas os mesmos factores também aumentaram as preocupações do lado de cá do Atlântico. Esta manhã, a Comissão Europeia revelou que o sentimento dos consumidores e empresários na zona euro caiu em Agosto para 98,3, face ao registo de 103 verificado no mês anterior. Foi a maior queda desde Dezembro de 2008 e o valor mais baixo desde Maio de 2010, o mês que se seguiu ao pedido oficial de ajuda externa por parte da Grécia.

Também aqui a quebra da confiança foi maior do que o esperado. Os economistas sondados pela agência Bloomberg apontavam para uma queda até 102.

"O pessimismo dos consumidores é compreensível", disse Ryan Seet, economista sénior da Moody's, frisando que "o mercado de trabalho enfraqueceu notoriamente nos meses passados e os preços das acções desceram bastante este mês".

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