PMA - LUSA
Maputo, 21 set (Lusa) -- A representação líbia em Maputo, que apoia o CNT e não é reconhecida pelo governo moçambicano, disse hoje desconhecer a detenção de dois líbios, por içarem a bandeira dos rebeldes durante os Jogos Africanos de Maputo.
O Comando-Geral da Polícia de Moçambique disse na terça-feira aos jornalistas que dois cidadãos líbios foram detidos por terem hasteado a bandeira do Conselho Nacional de Transição (CNT), que congrega a oposição líbia a Muammar Khadafi, na Vila Olímpica, que albergou as delegações aos X Jogos Africanos, que terminaram no domingo em Maputo.
Contactado hoje pela Lusa, o encarregado de Negócios da "embaixada" da Líbia em Moçambique, Rajab Dakam, manifestou-se "admirado" com a notícia, afirmando não ter tomado conhecimento dessa ocorrência.
"Estamos surpreendidos, porque não tomámos conhecimento da detenção de líbios durante a realização dos Jogos Africanos, e surpreendidos, pois os elementos da delegação líbia já regressaram todos ao país", afirmou Rajab Dakam, através de um tradutor.
No final de agosto, o encarregado de negócios da embaixada líbia em Maputo declarou o seu apoio ao CNT, içando a bandeira da oposição nas instalações da representação diplomática no país.
O hastear da bandeira do CNT desagradou às autoridades moçambicanas, que ainda não tomaram nenhuma posição em relação ao novo poder na Líbia, obrigando a representação diplomática a içar a bandeira da União Africana (UA) ao lado da rebelde.
Rajab Dakam é um dos três diplomatas líbios que permaneceram em Maputo, enquanto a maioria abandonou Moçambique, incluindo o embaixador.
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