segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ásia: MERCADOS BOLSISTAS EM FORTE QUEDA FACE A RECEIOS DE RECESSÃO




DM - LUSA

Banguecoque, 03 out (Lusa) -- As bolsas asiáticas estavam no início das transações de hoje em queda acentuada devido sobretudo aos dados que apontam para a ausência de resultados das medidas de austeridade lançadas pela Grécia e pela imagem de enfraquecimento económico da Europa.

O índice Nikkei estava a cair 2,3 por cento, ao cotar-se nos 8,503.88 poucas horas depois da abertura da bolsa de Tóquio, com o relatório governamental sobre melhorias no índice de confiança empresarial a contribuir pouco ou nada para o regresso à normalidade do mercado.

A bolsa de Sidney estava em baixa de 2,14 por cento e a de Taiwan de 1,97 por cento, a meio da sessão de hoje em que o índice Hang Seng de Hong Kong chegou a registar perdas acentuadas superiores a quatro por cento até aos 16,866.76 pontos.

As principais praças do interior da China e da Coreia do Sul estavam encerradas devido a feriados nacionais.

Uma recessão mais profunda do que o previsto não permite à Grécia cumprir as metas do défice para 2011 e 2012 fixadas pela Comissão Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Central Europeu (BCE).

A situação foi confirmada este domingo pelo próprio Governo grego que indicou que o défice orçamental deverá atingir os 8,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, longe dos 7,8 por cento que foram acordados com a 'troika'.

Entretanto, os mercados refletiram ainda os receios relativamente à Zona do Euro em geral e na sequência da divulgação na sexta-feira de estimativas por parte do Eurostat que prevê que a inflação venha a subir 0,5 pontos percentuais para três por cento em setembro face ao período homólogo.

Na região da moeda única a inflação tinha sido de 2,5 por cento em agosto, já de si acima do alvo do BCE de manter o nível do indicador próximo dos dois por cento.

Nas últimas semanas o BCE tem sido pressionado a cortar as taxas de juro para estimular o crescimento ao nível da União Europeia, e numa altura em que a crise da dívida soberana se tem intensificado, apesar dos investidores manterem a expectativa da manutenção dos 1,5 por cento.

A decisão sobre a taxa de juro de referência da Zona Euro deve ser conhecida na próxima quinta-feira.

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