segunda-feira, 10 de outubro de 2011

RÚSSIA DISPONÍVEL PARA AJUDAR PAÍSES DA ZONA EURO




PÚBLICO, economia - LUSA

Kremlin fala em suporte dado pelas maiores economias emergentes

A Rússia está disponível para prestar ajuda aos países da zona euro se os líderes europeus definirem um plano claro de saída da situação, indicou hoje o conselheiro económico do Kremlin, Arkadi Dvorkovitch.

“Estamos à espera para ver quando os países europeus vão anunciar uma estratégia clara e concreta de saída da crise”, disse, citado pelas agências de notícias russas.

Arkadi Dvorkovitch mostrou-se aberto a um envolvimento dos maiores países emergentes – os BRICS (Brasil, Índia, China, África do Sul e Rússia) – numa estratégia de suporte aos países em dificuldades na zona euro. A forma de intervenção não foi explicada, mas vai ao encontro do que já defendeu abertamente o Brasil: apoiar a Europa para conter o avanço da crise da dívida e evitar que a economia mundial entre em recessão.

Em Setembro, Brasília mostrou abertura para uma solução em que as maiores economias emergentes contribuíssem com financiamento em dólares para o Fundo Monetário Internacional (FMI), estando o Brasil disposto a disponibilizar dez mil milhões de dólares com novos acordos de empréstimos ou através de compra de títulos de dívida dos países em dificuldades.

“Se no âmbito desta estratégia [de definição de um plano anticrise], uma ajuda da Rússia e dos outros países do grupo BRICS (Brasil, Índia, China, África do Sul e Rússia) for necessária então nós estamos dispostos a conceder a ajuda”, disse agora o conselheiro económico do Kremlin.

Ontem, Angela Merkel e Nicolas Sarkozy, líderes das duas maiores potências europeias, reuniram em Berlim, onde prometeram uma resposta definitiva de combate à actual crise europeia. Sobre a situação da Grécia, que aguarda o “sim” definitivo dos líderes europeus para receber a próxima tranche de financiamento externo, a chanceler alemã disse ser preciso esperar pela avaliação da troika para ser desbloqueada a fatia de oito mil milhões de euros de que a Atenas depende para não falhar os compromissos financeiros em Novembro.

*Foto em Lusa

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