Helena Brito Zenha – Portugal Direto
O Bastonário da Ordem dos Advogados é incomodo para gregos e troianos, para poderes instalados e a instalar. Muitíssimas vezes diz o que tem que dizer sem papas na língua, frontalmente. Aponta e comprova sem medos, sem olhar talvez às suas “conveniências nos negócios" que lhe poderiam assegurar um bom futuro financeiro e lugar de destaque, quiçá talvez na política. Mas ele não, Marinho Pinto atira-se aos cornos dos toiros com aquele ar encorpado e voz tonitruante enquanto a praça (o pais) faz silêncio ao ver touros desembolados, a medi-lo com olhos de quem lhe quer dar umas valentes marradas. E dão, só que com ferimentos de pouca monta, nem arranhões se podem classificar.
Não foram uma, nem duas, nem três vezes que Marinho Pinto já apontou determinadas facetas de deputados e eventuais lobbies que servem, mas daí nada acontece. Os políticos fazem ouvidos de mercador e lá vão aproveitando o tempo que passa para encherem os odres… No governo de José Sócrates também não houve meias-medidas e houve os que tiveram de comer e calar. Agora, Marinho Pinto está atento aos atuais políticos no poder. Ao dos do governo de Passos Coelho. A começar por uma prioridade, a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz.
Diz Marinho Pinto que "O sr. primeiro-ministro deve explicar o que se passa com o Ministério da Justiça para ser entregue a um escritório de advogados de Lisboa". Acusando a ministra da Justiça de “nomear amigos e familiares” para cargos no ministério que lidera. E justifica a acusação, exemplificando com a nomeação do advogado João Correia, que, segundo Marinho Pinto, é "cunhado da senhora ministra", para coordenador da Comissão da Reforma do Processo Civil. E nomeação do "sócio" de João Correia para chefe de gabinete de Paula Teixeira da Cruz, o também advogado Miguel Barros. Acrescentando que "o Ministério da Justiça foi praticamente entregue ao dr. João Correia" e que "se calhar a senhora ministra não era capaz de sozinha tomar conta daquele ministério" precisando "dos sócios, amigos e colaboradores do dr. João Correia". O bastonário disse "não saber" se "é porque João Correia é cunhado" de Paula Teixeira da Cruz "ou por outras razões", "mas que isto tem que ser explicado". Marinho Pinto referiu ainda a nomeação de Júlio Castro Caldas, "também sócio de João Correia" para "uma comissão de revisão do Código Penal", como exemplos. E desafia a ministra: "Ela que diga onde está a mentira".
Como o Bastonário disse: “O sr. Primeiro-ministro deve explicar o que se passa com o ministério da Justiça para ser entregue a um escritório de advogados de Lisboa”. E deve, Passos Coelho, o anjinho que mentiu aos portugueses como não há memória que algum político tivesse mentido – por isso chamarem a este governo um bando de mentirosos – deve uma explicação que se impõe rápida, principalmente porque era ele que acusava os seus antecessores de clientelismos, de jobs para os boys, etc. Vai-se a ver e temos mais do mesmo ou ainda muito pior. Compreensivelmente as oposições a este governo não falam no assunto nem exigem esclarecimentos. Quem tem telhados de vidro…
Sempre se soube desde o inicio que Paula Teixeira da Cruz não tem competência para ministrar seja em que pasta for. Paula Teixeeira da Cruz é uma amiga de longa data de Pedro Passos Coelho, ele sabe bem das limitações de que ela padece, mas é uma amiga… Passos foi o primeiro, neste caso e decerto noutros, a assegurar Job para a girl, independentemente de ela ser incapaz de levar por diante um ministério competente. Também por isso a ministra se rodeou de familiares e amigos, sempre lhe dão apoio… moral e está mais à vontade.
Não se espere que a Justiça, a tão malfada Justiça em Portugal, melhore com esta ministra e com a panóplia de amigos e familiares que rodeiam Paula Teixeira da Cruz. Esperemos o contrário e que naquele ministério e no setor tudo vá de mal a pior. Desta situação, vantagem e dividendos positivos serão benefício da Paula Teixeira da Cruz e da sua trupe. Jobs for the boys and girls e mais aquilo que se sabe… Vantagens para Portugal e para os portugueses nenhumas, para eles é tudo à farta.
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