quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Salgado: “CORTE DE SALÁRIOS NÃO ESTÁ PREVISTO” MAS PODE ACONTECER


Foto Steven Governo

DINHEIRO VIVO

Presidente do BES admite que recessão de 3% em 2012 pode obrigar a cortes maiores do que previsto

O Banco Espírito Santo (BES) admite cortar nos salários no próximo ano. O cenário foi admitido pelo presidente da instituição, Ricardo Salgado, para fazer face à crise.

Face ao cenário macroeconómico revisto e que prevê uma recessão em 2012 de 3%, o presidente do BES disse nesta terça-feira à tarde em Lisboa que embora a redução de salários não esteja nos planos do banco, é um cenário que não pode ser posto de lado.

À margem da apresentação do livro de homenagem ao fotógrafo português Gérard Castello-Lopes, uma obra patrocinada pelo banco, Salgado explicou que o cenário dos cortes salariais "não está previsto", mas lembrou que "a profundidade da crise e a perspectiva de recessão de 3 % no ano que vem obrigam a cortes nas despesas das empresas privadas".

No dia em que foi aprovada na generalidade a lei que regula o acesso dos bancos ao fundo da troika de 12 mil milhões de euros, Salgado sublinhou mais uma vez que espera que o BES não seja obrigado a pedir ao estado que entre no capital mas lembrou que "há acontecimentos constantes que nos surpreendem e inclusivamente alterações dois regulamentos e das disposições da supervisão".

O presidente do BES disse que é preciso "esperar mais algum tempo porque ainda não conhecemos os resultados das análises que foram feitas aos bancos nem os efeitos da transferência dos fundos de pensões".

Os resultados dessas auditorias que decorreram por ordem da troika ainda não são conhecidos, e podem ser fundamentais para se perceber se os bancos vão mesmo precisar de ajuda do estado e, em caso positivo, para conhecer a dimensão dessa ajuda.

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