quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Timor-Leste quer estender cooperação a Moçambique, diz secretário de Estado da Defesa



JSD - LUSA

Santa Maria, Cabo Verde, 30 nov (Lusa) - Timor-Leste pretende alargar a cooperação na área da Defesa a Moçambique e manter o empenho na pacificação da Guiné-Bissau, disse hoje à Agência Lusa um governante timorense.

Júlio Pinto, secretário de Estado da Defesa de Timor-Leste, falava à Lusa no final dos trabalhos da 13.ª reunião dos ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu segunda e terça-feira na ilha cabo-verdiana do Sal.

Para o governante, que falou em inglês, a presença de Timor-Leste na reunião liga-se à vontade de Díli em reforçar a cooperação com os Estados-membros, dando como exemplo o caso de Portugal.

"Temos uma boa cooperação técnica com Portugal e temos anualmente um orçamento para o envio (para Timor-Leste) de especialistas militares para aconselhamento no setor. Temos seis militares a estudar em Lisboa e vamos enviar outros 12 para apoiar o contingente português que vai para o Líbano" no primeiro semestre de 2012, exemplificou.

"Esta é uma assistência muito importante de Portugal que, pela primeira vez, nos permite enviar militares para uma força de paz, neste caso, o Líbano. Na semana passada, enviámos um observador militar para o Sudão do Sul, o que demonstra as nossas boas relações também com as Nações Unidas", acrescentou.

Nesse sentido, Júlio Pinto agradeceu a Portugal a ajuda na profissionalização das Forças Armadas timorenses, lembrando que a experiência pode ser levada a cabo com outros Estados-membros da CPLP como também na sub-região em que está inserido.

Salientando que Timor-Leste já tem uma cooperação regional com os Estados Unidos, que recentemente instalaram o comando da Ásia numa base em Darwin, Júlio Pinto adiantou que, em breve, as autoridades timorenses pretendem alargá-la à Austrália e envolver a própria Indonésia no processo.

"Temos já uma excelente cooperação com os Estados Unidos e já fizemos vários exercícios militares conjuntos. Houve um ano em que fizemos cinco. Temos também uma presença importante de militares australianos em Timor-Leste, havendo uma boa relação", explicou.

"E queremos também envolver a Indonésia. A 20 de agosto deste ano, assinámos um memorando de entendimento com Jacarta para reconstruir as nossas relações militares que esperamos que se intensifiquem nos próximos anos", concluiu.

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