terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Mercado empurra Portugal para novo resgate. Juros batem máximos



Dinheiro Vivo

O país continua na mira dos mercados com os juros a cinco anos a situarem-se em 20,376%, enquanto a dez anos a atingirem 15,501%

Portugal continua na mira do mercados que parecem empurrar o país para um segundo pacote de ajuda financeiro. Os juros exigidos pelos investidores para comprarem dívida portuguesa estão hoje em máximos históricos nos cinco e dez anos, situando-se em 20,376% e 15,501%, respetivamente, e sobem também na Itália nestes prazos.

A situação da dívida pública portuguesa continua dramática, com o mercado a descontar já a possibilidade de o país ter de pedir um segundo resgate e a própria pressão exercida sobre os juros das obrigações poderá precipitar para esse desenlace.

Pelas 9h30, os juros exigidos a Portugal no prazo de cinco e dez anos negociavam-se sob pressão no mercado secundário, transaccionando-se em máximos históricos, e a dois anos subiam igualmente para 17,494%, segundo a Bloomberg.

Já na sexta-feira, os juros pedidos pelos investidores para adquirirem dívida soberana portuguesa estavam igualmente em máximos naqueles dois prazos.

Os investidores estão à espera das primeiras notícias sobre o decorrer do Conselho Europeu onde deverão ser debatidas as regras para uma possível harmonização fiscal que regulará as finanças públicas dos países europeus.

Na agenda do Conselho deverão também ser abordadas as políticas de desemprego e crescimento na Europa, o mecanismo de estabilidade europeu e o seu provável reforço, além de uma possível solução para a crise na Grécia, cujo acordo entre o governo helénico e os credores privados se espera que possa estar concluído esta semana.

Além disso, há hoje um leilão de dívida italiana, em obrigações do Tesouro, a cinco e dez anos, no montante de 8 mil milhões de euros que irá merece a atenção dos investidores, afirmaram alguns dos analistas citados pela Bloomberg.

Na Itália, à mesma hora, os juros a cinco anos subiam para os 3,743%, a cinco anos avançavam para os 5,021% e a dez anos disparavam para os 6,110%.

Já na Espanha, recuavam a dois anos para os 2,642%, depois do máximo histórico de 2,532% fixado na sexta-feira. Mas a cinco anos negociavam-se nos 3,628% e a dez anos situavam-se nos 5,062%.

Na Grécia subiam a dois anos para 179,63%, a cinco anos negociavam-se nos 51,827% e a dez anos deslizavam ligeiramente para os 33,962%.

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