Fidel Castro, Havana – Opera Mundi, opinião
Uma conhecida agência europeia de notícias informou neste sábado (07/01), em Sydney, na Austrália, que “um grupo de investigadores australianos da Universidade de Nova Gales do Sul anunciou a criação de um cabo elétrico dez mil vezes mais fino do que um fio de cabelo, capaz de realizar uma condução elétrica da mesma maneira que um cabo de cobre tradicional.
“…Bent Weber, chefe do projeto realizado na universidade australiana, em um trabalho publicado pela revista Science, explicou que ‘poder efetuar conexões de cabos a essa escala microscópica será essencial para o desenvolvimento dos futuros circuitos eletrônicos’”.
“O cabo foi criado por físicos australianos e estadunidenses com cadeias de átomos de fósforo dentro de um cristal de silício: o nanocabo conta apenas com quatro átomos de largura por um de altura”.
“A descoberta é essencial na corrida internacional para desenvolver o primeiro ‘computador quântico’, máquinas supervelozes capazes de processar enormes quantidades de dados em poucos segundos: una serie de cálculos que levaria anos, ou até décadas, em relação aos computadores atuais.
“Em um cabo de cobre tradicional, a eletricidade se gera quando os elétrons de cobre fluem ao largo do condutor: mas na medida em que o cabo ou condutor se faz menor, a resistência ao fluxo elétrico se faz maior.
“Para superar este problema Weber e sua equipe utilizaram microscópios especialmente desenhados com precisão atômica, que lhes permitiram colocar os átomos de fósforo nos cristais de silício.
“Isto permitiu que o nanocabo atuasse como o cobre, com os elétrons fluindo facilmente e sem problemas de resistência. ‘Estamos mostrando com esta técnica que é possível minimizar componentes até a escala de poucos átomos’, indicou Weber”.
“Se vamos usar átomos como bits, necessitamos de cabos na mesma escala dos átomos” -observou a física Michelle Simmons, supervisora do trabalho.
Com estes invencíveis avanços tecnológicos, que deveriam servir para o bem-estar da humanidade, recordo que, há apenas quatro dias escrevi sobre o aquecimento global e a exploração acelerada do perigoso gás de xisto, em um mundo que, em duzentos anos está consumindo a energia fóssil acumulada durante quatro bilhões de anos.
Imaginem Obama, bom articulador com as palavras, para quem, em sua busca desesperada pela reeleição, se distancia dos sonhos do (ativista negro pelos direitos civis Martin) Luther King para mais anos luz do que a Terra em relação ao planeta habitável mais próximo.
Pior: qualquer um dos congressistas republicanos presidenciáveis, ou um (a) líder do Tea Party, que carregam mais armas nucleares em suas costas do que ideias de paz em suas cabeças.
Imaginem os leitores por um minuto essa poderosa calculadora quântica, capaz de multiplicar por infinitas vezes os dados que hoje recebem os computadores modernos.
Não parece óbvio que o pior de tudo é a ausência na Casa Branca de um robô capaz de governar os Estados Unidos e impedir uma guerra que ponha fim à vida de nossa espécie?
Estou certo de que 90% dos eleitores norte-americanos, especialmente os hispânicos, os negros e a crescente classe média, empobrecida votariam no robô.
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