Angola Press
Maputo - Moçambique homenageia sexta-feira os heróis moçambicanos, no dia em que o Presidente da República, Armando Guebuza, lança oficialmente as celebrações dos 50 anos da fundação da Frelimo, partido no poder no país.
A cerimónia de homenagem terá como momento alto a deposição de uma coroa de flores na Praça do Heróis.
O bairro do Aeroporto, nos arredores da capital do país, irá acolher, de seguida, um "mega comício", feiras de saúde, do livro e disco, e uma exposição que irá retratar o percurso da Frelimo.
Sob lema "50 anos unidos na luta contra a pobreza", a cerimónia será lançada pelo chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, que é igualmente presidente da Frelimo, partido que dirige o país desde 1975, ano da independência em Moçambique.
A Frelimo foi fundada a 25 de Junho de 1962 por Eduardo Mondlane, primeiro líder da organização, que unificou três movimentos: a União Democrática Nacional de Moçambique (UDENAMO), União Nacional e a União Nacional Africana de Moçambique Independente (UNAMI).
Os movimentos tinham sede em diversos países e as suas bases social e étnica eram também diferentes mas, em 1962, uniram-se sob os auspícios de Julius Nyerere, primeiro Presidente da Tanzânia.
O jornal O País considera, no entanto, que "a coincidência do dia dos heróis moçambicanos com o lançamento das celebrações do 50º.aniversário da Frelimo poderá tornar o dia de amanhã (sexta feira) mais dedicado ao partido do que aos heróis".
"Na verdade, até agora, os grandes destaques têm sido os preparativos da festa do lançamento das comemorações dos 50 anos da Frelimo e não o 03 de Fevereiro como tal. Assim, nesta data, o evento do país poderá ser ofuscado pela cerimónia partidária", diz a publicação.
Falando hoje (quinta-feira) aos jornalistas, o porta-voz da Frelimo, Edson Macuácua, disse que o momento mais alto da celebração dos 50 anos será entre 23 e 28 de Setembro, durante a realização do 10.º Congresso da Frelimo, em Pemba, na província nortenha de Cabo Delgado.
"Este é um momento de grande festa durante o qual será feita a análise de toda a história do partido durante os 50 anos de luta pela conquista da identidade dos moçambicanos e elevação da consciência patriótica e do espírito de auto - estima", disse Edson Macuácua.
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