Público - Lusa
A primeira tentativa de concentração para a manifestação antigovernamental marcada para hoje em Luanda foi corrida à bastonada pela polícia, disse à Lusa um dos organizadores.
Tivemos que dispersar, porque logo que nos começámos a concentrar, a polícia, e civis que consideramos serem agentes à paisana, começaram a bater e a prender”, disse Adolfo Campos.
A carga policial provocou pelo menos um ferido – Luaty Beirão, o conhecido rapper Ikonoclasta, que sofreu ferimentos na cabeça – e número indeterminado de detidos, acrescentou Adolfo Campos.
A Lusa contactou a comandante provincial da Polícia Nacional, comandante Bety Franque, que disse estar a receber informações do responsável policial no local, pelo que não dispunha de informações que pudessem confirmar as alegações dos manifestantes.
A carga policial provocou pelo menos um ferido – Luaty Beirão, o conhecido rapper Ikonoclasta, que sofreu ferimentos na cabeça – e número indeterminado de detidos, acrescentou Adolfo Campos.
A Lusa contactou a comandante provincial da Polícia Nacional, comandante Bety Franque, que disse estar a receber informações do responsável policial no local, pelo que não dispunha de informações que pudessem confirmar as alegações dos manifestantes.
Organizadores do protesto atacados por encapuzados
Convocada pelo autodenominado Movimento Revolucionário Estudantil, para exigir o afastamento da presidente da Comissão Nacional Eleitoral e a demissão do Presidente José Eduardo dos Santos, o primeiro acto da manifestação era a concentração no Cazenga, bairro popular situado a norte de Luanda, com os manifestantes a tentarem progredir em direcção à Praça da Independência, no coração da capital.
A manifestação vai realizar-se 24 horas depois do mais recente ataque perpetrado por desconhecidos (alguns encapuzados) contra alguns dos organizadores do protesto.
A iniciativa visa protestar contra a designação de Suzana Inglês para a presidência da CNE, que desencadeou uma série de iniciativas dos três maiores partidos da oposição com representação parlamentar, UNITA, PRS e FNLA, junto do Conselho Superior da Magistratura Judicial e do Tribunal Supremo, onde interpuseram uma providência cautelar, e que foram liminarmente rejeitadas por estes dois órgãos judiciais.
Os organizadores pretendem ainda, com o protesto, exigir a demissão do Presidente José Eduardo dos Santos, a quem acusam de se manter há 32 anos no poder sem ter sido eleito.
Opinião Página Global
Mais uma vez está patente a apregoada “abertura democrática” de que fala a súcia de malfeitores liderada por José Eduardo dos Santos, detentores do poder. Nem sequer toleram que publicamente os angolanos se manifestem contra as suas deliberações de montar uma teia que lhe seja favorável no processo eleitoral que vai ter de inquinar para dar continuidade às suas operações de saqueamento das riquezas de Angola e proteção do sistema que permite à sua clique dominar o regime de iniquidade pelo maior espaço de tempo possível.
Vêm aí novas eleições de farsa em Angola, a comunidade internacional sabe isso tão bem quanto os angolanos. Mesmo assim veremos uma vez mais altos responsáveis dessa mesma comunidade internacional a pactuar com o regime criminoso liderado por José Eduardo dos Santos-MPLA. Ainda há poucos dias vimos a bajulação que Ban Ki-moon prestou àquele regime na visita relâmpago que fez ao país e em que não arranjou tempo para receber e escutar a oposição. A farsa vai continuar. À cabeça dos farsantes temos os responsáveis políticos portugueses, a começar pelo presidente Cavaco Silva e a acabar em vénias exacerbas pelo governo de Passos Coelho, mais ainda que os governos portugueses anteriores, caso de Sócrates. Desta saga de roubos aos angolanos, a que chamam “negócios”, não escapa a União Europeia, nem a predominante e autoritária saqueadora Alemanha da senhora Merkel. (Redação PG – CT)
Sem comentários:
Enviar um comentário