Vítor Santos – Diáriode Notícias, opinião
Leitor questiona assistência do Estado aos mais pobres através das IPSS
Dados divulgados pelo Eurostat: um em cada quatro portugueses vivia em 2010 em pobreza ou exclusão social, número superior à média europeia. (...) Para combater este flagelo, o Governo, numa lógica assistencialista e sem atacar as causas da pobreza, cria o denominado Programa de Emergência Social a pensar nas IPSS, Instituições Particulares de Solidariedade Social.
Estes privados não atuam com critérios de cidadania mas com critérios de "assistenciazinha" e "caridadezinha", havendo um fator adicional anticidadania: a presença maciça da Igreja Católica nas IPSS faz destas um instrumento de evangelização conservador, sendo financiado pelo Estado laico. É o regresso desta Igreja ao papel que tinha no tempo de Salazar.
Vai haver reencaminhamento de sobras alimentares dos restaurantes ou dos "excedentes" da produção agrícola e medicamentos quase fora do prazo para os pobres. As autoridades sanitárias serão aqui menos exigentes... Porquê? O Governo parece o diretor de um asilo...
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