MSE - Lusa
O ex-chefe das Forças Armadas timorense e candidato às presidenciais Taur Matan Ruak garante que o problema dos peticionários está "ultrapassadíssimo" e que Timor-Leste é "um país muito mais calmo que outro qualquer no mundo".
"O nosso país é muito mais calmo que outro qualquer país do mundo. Visitei mais de 30 países em vários continentes. Timor-Leste realmente é um país pacífico", afirmou o general timorense em entrevista à Agência Lusa.
"O que me preocupa realmente é o desemprego, é o nível de pobreza. Isso sim, para ser honesto, a segurança não", disse Taur Matan Ruak.
Segundo o general que se apresenta às presidenciais de 17 de março, o problema dos peticionários está "ultrapassadíssimo" e que 70 por cento dos ex-soldados que desafiaram a hierarquia militar em 2006 estão a trabalhar na sua candidatura.
"Voltei a estar com eles, eles voltaram a estar comigo para lutar pelo desenvolvimento do nosso país", salientou Taur Matan Ruak.
Em janeiro 2006, centenas de soldados das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste DTL submeteram uma petição a Taur Matan Ruak e ao ex-Presidente do país Xanana Gusmão, alegando que havia discriminação no seio das forças armadas contra os militares oriundos dos distritos ocidentais, em detrimento de benefícios dados aos efetivos de leste, como o próprio Ruak.
Em fevereiro do mesmo ano mais de 500 militares abandonaram os quartéis e em março foram exonerados, acabando por realizar manifestações que provocaram uma crise política e militar.
A situação dos peticionários arrastou-se por cerca dois anos e só após a morte do major Alfredo Reinado, na tentativa de assassínio do Presidente José Ramos-Horta, em fevereiro de 2008, os peticionários aderiram em maior escala ao acantonamento proposto pelo Governo.
Sobre o que o distingue do atual chefe de Estado do país, o general Taur Matan Ruak disse apenas que José Ramos-Horta foi "fundador da Nação".
"É o nosso pai, o nosso mestre, mas estou muito satisfeito por competir com ele nestas eleições. Tenho muito respeito e admiração por ele e isso vai continuar", afirmou Taur Matan Ruak, que conseguiu o apoio do Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste, de Xanana Gusmão, que nas presidenciais de 2007 esteve ao lado de Ramos-Horta.
No entanto, o general salientou que falta dinamizar os cidadãos e que esse será o seu papel caso ganhe as eleições.
"Quem construiu o nosso país foram os cidadãos e hoje vejo que eles estão um bocadinho à margem do processo", disse.
2 comentários:
País mais calmo do mundo? Este senhor nao sabe o que diz, de certeza. Até dá para rir a ler esta noticia.
Se é assim tão calmo, porque andam as tropas da NZ pelos distritos? Porque foi aumentado o Contigente da Malásia?
O que fazem as Nações Unidas em Timor?? Ah...se calhar estao todos de férias, já que é o país mais calmo do mundo.
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