FP - Lusa
Bissau, 13 abr (Lusa) - O chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, está detido, informou hoje em comunicado o autointitulado Comando Militar que realizou na quinta-feira um golpe de Estado no país.
O Presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, cujas detenções já tinham sido anunciadas anteriormente, e o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, António Indjai, estão "são, salvos e seguros nos lugares em que se encontram sob vigilância", diz o último comunicado do Comando Militar.
O comunicado assinado pelo "Estado Maior General das Forças Armadas" acrescenta que foi decretado um recolher obrigatório a partir das 21:30 (22:30 em Portugal).
O comunicado informa os militares e a população em geral que "repudia o aproveitamento da situação para prática de atos de vandalismo e de pilhagem de bens alheios, assim como qualquer ação que possa pôr em causa a instauração da ordem e tranquilidade que se almeja estabelecer o mais rapidamente possível no país, pelo que se determina a punição severa de quem se envolver no ato em referência".
O Comando Militar "reitera a sua posição em manter encerradas as estações emissoras privadas (rádios e televisões) do país, até ao dia 14 do corrente mês, sendo apenas autorizadas as emissões nas estações públicas".
O Comando informa também "todos os membros do governo que se encontram ainda refugiados em qualquer sítio, no sentido de contactar o Comando Militar", pois este "assumirá a responsabilidade de os manter em segurança, como também de conduzi-los às suas respetivas residências".
Os membros do Governo devem contactar, assinala o comunicado, o major Idrissa Djalo, chefe de Protocolo do Estado Maior General das Forças Armadas.
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