MSE - Lusa
Díli, 24 abr (Lusa) - A ministra da Justiça de Timor-Leste, Lúcia Lobato, começou hoje a ser julgada pelo Tribunal Distrital de Díli por alegados crimes de corrupção, abuso de poder e falsificação de documentos.
O julgamento estava inicialmente previsto para começar a 23 de maio, mas foi antecipado, depois de o parlamento ter suspenso a ministra de funções no passado mês de março.
No final da sessão, a ministra da Justiça recusou prestar declarações à imprensa.
Segundo o despacho do Tribunal Distrital de Díli, a que a agência Lusa teve acesso, a acusação pública é deduzida contra Lúcia Lobato e contra um homem identificado como António de Araújo Freitas.
O despacho refere também que os arguidos são "acusados do crime de corrupção, abuso de poder e de falsificação de documento", nomeadamente por favorecimento em concursos públicos para a construção de conservatórias de registo civil em vários distritos.
Em conferência de imprensa, realizada no final de março, a ministra da Justiça garantiu que iria estar presente no julgamento, tendo agradecido aos deputados por a suspenderem para poder ir a tribunal.
1 comentário:
A ministra embora é acusada de tudo isto, e negar de que ela estaria envolvida ela prometeu de que sentaria na banca dos reús. É pena que levou mais tempo para que ele seja suspendida. Entanto antes tarde do que nunca.
O que o governo, tanto presente como no futuro, deveria/deverá fazer uma vez que o pedido de suspensão é feito pelo tribunal o ministro ou a ministra deve ser suspendida imediatamente. Assim, não só dava os acusados de se defenderem. O que não se pode acontecer é como nos casos de alguns ex-ministros (Alkatiri, Roque Rodrigues e Taur Matan Ruak) onde os julgamentos são feitos ‘na rua’ (pelos mídia australiana, Xanana e do chamado UN Independente Inquiry) onde os acusados são culpados.
No caso do Alkatiri, foi ao tribunal para defender a sua honra e que depois saíu dalí ileso das maldades de que o senhorito Xananito terá atribuído. E os acusadores ficaram todos quietinhos, agora com as mãos nos tomates sem nenhuma palavra.
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