sexta-feira, 18 de maio de 2012

"Chega de palavras", diz Seguro que exige mudanças na Europa e em Portugal



PME - Lusa

Lisboa, 17 mai (Lusa) - O secretário-geral do PS afirmou hoje que "já chega de palavras" e que é altura de mudar a linha económica na Europa e em Portugal, num discurso em que acusou o Governo de "insensibilidade" e "arrogância".

Estas posições foram transmitidas por António José Seguro no seu discurso de abertura da Comissão Política Nacional do PS, reunião que começou com uma hora de atraso.

Na sua intervenção, de acordo com fontes socialistas, Seguro referiu-se à agenda política da próxima semana, com uma cimeira europeia e um conjunto de debates que serão travados no Parlamento, para dizer: "Chega de palavras, é necessário passar à ação, é isso que os europeus esperam".

Perante a Comissão Política do PS, Seguro procurou salientar que, desde o início do seu mandato como líder socialista, que defende uma estratégia de consolidação orçamental baseada no crescimento.

"Não descobrimos agora a agenda para o crescimento e o emprego, não descobrimos agora que a União Europeia tem de lidar de forma diferente com a crise, não descobrimos agora que a austeridade excessiva é um erro, não descobrimos agora que a União Económica e Monetária é desequilibrada e ineficiente, não descobrimos agora que a economia precisa de financiamento", disse.

António José Seguro deixou também duras críticas ao executivo PSD/CDS, dizendo que, "infelizmente para Portugal, o Governo tem seguido o caminho errado, que já está a ter resultados negativos com a quebra no Produto Interno Bruto mais acentuada que o previsto e uma taxa de desemprego recorde na ordem dos 14,9 por cento".

"O Governo reage a esta realidade com enorme insensibilidade social e arrogância", lamentou.

Em termos políticos, o secretário-geral do PS afirmou que o seu partido "manterá o rumo que traçou numa situação muito difícil da política nacional".

"O PS será fiel aos compromissos que assumiu, continuará a ser oposição firme, responsável e construtiva, apresentando sempre propostas alternativas", numa intervenção em que considerou que o "isolamento" do executivo de Pedro Passos Coelho "prejudica Portugal e enfraquece a credibilidade externa".

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