“Nenhum partido irá ter maioria absoluta nas próximas eleições” - líder do PSD de Timor
SIC Notícias, com Lusa
O presidente do Partido Social-Democrata (PSD) de Timor-Leste, Zacarias da Costa, considerou em entrevista à agência Lusa que nenhum partido vai ganhar com maioria absoluta as legislativas de 7 de julho e manifestou-se disponível para coligações.
O PSD faz parte da coligação governamental, liderada pelo Conselho Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), que governou o país nos últimos cinco anos.
"Eu acredito que nenhum partido irá ter maioria absoluta nas próximas eleições. As eleições irão ser muito disputadas e o PSD também irá fazer parte deste lote de partidos com possibilidade de ganhar as eleições", afirmou Zacarias da Costa, também chefe da diplomacia timorense.
Às eleições de 7 de julho concorrem 21 partidos e coligações, que vão disputar os 65 lugares no parlamento timorense.
"Partindo do princípio que nenhum partido irá conseguir a maioria absoluta, o PSD também está aberto a possíveis coligações para conseguirmos uma maioria no parlamento e assim conseguirmos governar o país", disse.
Na campanha eleitoral, que termina a 04 de julho, o PSD tem defendido três pontos essenciais, que passam pelo desenvolvimento integrado e equitativo, o desenvolvimento das infraestruturas e o combate à corrupção.
"Isto porque olhamos para Timor e vemos que foram gastos muitos biliões de dólares nos últimos 10 anos, mas se sairmos de Díli vemos que praticamente as coisas estão na mesma", explicou Zacarias da Costa.
Segundo o presidente do PSD, em Díli, nos últimos anos, "criou-se um grupo pequeno que está a beneficiar das riquezas do país enquanto o povo continua numa situação muito difícil".
Zacarias da Costa disse ainda que o seu partido está também preocupado com o setor das infraestruturas, que considera essenciais para o desenvolvimento do setor rural.
"Outra questão que iremos focar é o reforço das nossas instituições. Eu creio que porque as nossas instituições ainda não estão consolidadas também existem muitos outros problemas como, por exemplo, a corrupção".
Para o atual chefe da diplomacia, a corrupção é um "problema endémico" no país, mas só existe porque as instituições estão ainda fracas e não estão consolidadas.
"É preciso reforçar as instituições para que todos possam desempenhar o seu papel", defendeu.
*Título PG
1 comentário:
Só uma pergunta:
Este senhor não é parte integrante do actual governo de Timor Leste? O que fez para o desenvolvimento do País e para o combate à corrpução? - o tal problema endémico que parece ser a principal caracteristica dos Governantes de Timor?
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