O Página Global tem abraçado a divulgação da luta da Nação Lunda pela autonomia como opção alternativa de dar voz aos que são relegados para o silêncio pelas Agências de Informação que servem fielmente os objetivos traçados por governos que nos deixam sérias dúvidas sobre as suas práticas democráticas.
Ao serviço desses governos encontramos chamados jornalistas que recheiam a comunicação social em postura de atentos, venerandos e obrigados a serem meros escribas de “verdades” oficiais de sistemas políticos degradantes e desrespeitosos do direito de formar e informar que deve sempre assistir os que compõem as redações de órgão de comunicação social. A nosso ver a luta pacifica e até hoje perceptivelmente democrática em defesa da Nação Lunda tem tido por destino o silencio das agências de informação de Angola e/ou de Portugal. Nada de novo nesta atitude porque o servilismo da Angop e da Lusa é por demais conhecido em relação ao governo corrupto e assassino de JES-MPLA. Só não calam o que é por demais evidente ser impossível de calar. Também a luta dos cabindas deve ser aqui incluída, apesar de ter características de ação diferentes dos lundas, exceto nos “silêncios” de conveniência das Agências e de muitíssimos órgãos de comunicação social, até que se apercebam da realidade histórica de JES-MPLA vir a perecer pelo "veneno" que agora destilam.
Esses escribas, operativos constituintes dessas e de outras agências, tementes de “perderem os empregos”, vêm adulterando de forma grave os seus desempenhos profissionais, cometendo o pecado de contribuírem para muitos dos défices de democracia que constatamos existirem em imensos países do mundo. E em Angola também, principalmente. Jornalistas?
ACTIVISTAS E PRISIONEIROS POLÍTICOS DO MANIFESTO DO PROTECTORADO DA LUNDA TCHOKWE EM PERIGO DE VIDA NA CADEIA DA KAKANDA NO DUNDO
Os activistas e Prisioneiros Políticos da Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda, estão entre a vida e a morte, a suas vidas estão a corre serio perigo, pelas ameaças de mortes que estão a receber por parte das autoridades prisionais.
No dia 26 de Junho de 2012, o senhor Inspector da PIR – Policia de Intervenção Rápida e Chefe dos Serviços Prisionais da cadeia da Kakanda, Joaquim Tomas do Amaral, convidou o grupo dos 8 Activistas do Manifesto do Protectorado da Lunda, encarcerados ilegalmente naquela unidade prisional, para lhes dizer o seguinte:” Quem são vocês para reivindicarem alguma Autonomia da LUNDA, o MPLA lutou contra o colonialismo português e conquistou todas as regiões, se hoje são colonias de Angola, quem quiser reivindicar aquilo que é colonia vai ter que pegar em armas e nos vencer militarmente”,…para mais adiante dizer que estava disposto a lhes envenenar e morrerem na cadeia sem deixar o rasto…
Afinal é prática do Regime eliminar os seus adversários Políticos por meio de envenenamento, para não deixar rastro?..
Nos dias 28 e 29 voltou as celas, fez as mesmas ameaças, prometendo abater a tiros, todos eles (Activistas do Manifesto da Lunda), para depois ele cumprir a prisão, alegando que tinha ordens superiores do Delegado e Comandante Provincial da Lunda-Norte da Policia Nacional, o Sub Comissário Gil Famoso.
Um outro elemento muito importante, estes activistas foi lhes cortada a possibilidade de receberem visitas dos seus familiares e amigos, também não tem direito a terem contacto com comitivas das autoridades que visitem aquele estabelecimento prisional, por causa das denuncias que apresentam para o melhoramento das condições prisionais.
Os familiares dos Activistas e prisioneiros políticos do Manifesto do Protectorado da Lunda, estão muito preocupados com estas ameaças de morte, no passado aconteceram e ninguém foi responsabilizado.
O senhor José Alberto, Director Interino da cadeia da Kakanda esta informado do que esta acontecendo.
A CMJSPL solicita o apoio Urgente de todas as forças de defesa dos direitos humanos, organizações internacionais da defesa da vida a intervir e condenar estes actos de barbaridade que depois resultam em impunidade, se não forem evitados atempadamente.
Lembramos que desde 2006, que nasceu o nosso movimento, aptamos pela não-violência, nem vandalismos, para que o regime não viesse a público a deturpar a verdade, reivindicação pacífica da Autonomia Administrativa e económica por ser uma questão JURÍDICA do direito legítimo e natural do Povo Lunda Tchokwe.
EMPRESAS DE DIAMANTES DA ELITE MILITAR E DIRIGENTES DO MPLA NA LUNDA FACTURAM MAIS DE 800 MILHÕES DE DOLARES POR ANO…
Os diamantes da Lunda não valem, nem para construir a estrada entre Xá-Muteba até Saurimo, veja agora a informação que se segue, colhida de uma fonte fidedigna que acompanha o dossier “DIAMANTES EM ANGOLA”.
No dia 9 de Março de 2012, o senhor Presidente da Republica de Angola, Eng.º José Eduardo dos Santo, disse na cidade do Dundo que os diamantes produzidos na Lunda, não valiam absolutamente nada para a reconstrução deste território, disse que, era impossível construir a estrada entre Xá-Muteba até Saurimo, desta até ao Dundo ou Luena.
Existem 167 Projectos Mineiros a nível da Lunda, que são maioritariamente detidas pelos Generais, por MPLA, pela Família do Presidente e outras a companhias estrangeiras, tais como a fortemente THE BEARS, os Russos, Brasileiros, Portugueses etc.
Os projectos mais produtivos são Kamutue 1 e 2, produz 300 milhões de dólares/ano, Luó produz 228 milhões de dólares/ano a mina do MPLA, Kamatchiya e Kamajiko produzem 25 milhões de dólares/ano, Lumina produz 240 milhões de dólares/ano, o que perfaz um total de 793 milhões de dólares somente para estas minas.
A fonte que acompanha este processo, não forneceu os resultados dos Projectos CATOCA, TCHITOTOLO, SML, Projecto Cuango, Alto Cuilo, Projecto Luangue, Lunguena, etc., para citar alguns. Seguramente estes dados serão lançados proximamente e o valor estará para lá dos biliões anuais.
A filha do Presidente Angolano, ISABEL DOS SANTOS esta a prepara-se para atacar a última reserva das minas de diamantes no solo da Lunda, o kimberlito de KAYSHEPA, o mais importante na actualidade, que poderá vir a facturar mais de 150 milhões de dólares/mês ou seja 1,8 Bilhões de dólares ano. O valor desta mina, esta no seu diamante é tudo JOIA 100%...
Segundo a mesma fonte, a produção da mina de KAMUTUE faria 45 anos de exploração, mas devido a exploração indiscriminada este tempo de vida diminuiu para 22 anos, a mesma sorte vai acontecer com o PROJECTO CATOCA, de 49 anos, a capacidade de exploração foi aumentada para diminuir a sua vida em 22 anos.
Na esteira desta exploração frenética e forçada do solo Lunda Tchokwe, não há políticas sobre a devastação do meio ambiente, para as consequências futuras que se espera.
O Presidente da Republica diz que, não há dinheiro para a reconstrução da Nação Lunda Tchokwe, mas houve para construção de grandes infraestruturas que apoiaram o CAN2010, alias nem sequer o regime se dignou em construir um estádio na região da Lunda, construção de Hotéis de alto luxo em Luanda, no geral, a região litoral (Huila, Benguela, Luanda e Cabinda), para a compra de Bancos e empresas em Portugal, até ajudar países e apoiar guerras Africanas, ignorando-se totalmente a LUNDA com tanto potencial económico.
Em toda a extensão da Lunda Tchokwe, não existe sequer um hotel de 4 estrelas ou um estabelecimento digno de receber uma comitiva internacional para uma conferência, por exemplo.
As próprias zonas de exploração, não tem estradas, Cafunfo, Cuango, Catoca, Nzaji, Lucapa, Alto Chicapa, Xamiquelengue, Calonda etc.,etc.
O orçamento Geral do Estado reservado em 2009/2010 para a Nação Tchokwe em Kwanzas, veja o quadro aprovado pela Assembleia Nacional foi o seguinte:
Kuando Kubango 10.008.375.672,00 ---- 0,32%
Moxico 15.637.170.639,00-------0,49%
Lunda-Sul 8.597.712.105,00-------0,27%
Lunda-Norte 11.459.353.512,00-------0,36%
O que corresponde em USD 428.409.705,21 para o desenvolvimento das (4) Províncias com cerca de 32 municípios e uma serie de Comunas, Bairros e aldeias, contra 793 milhões anuais de um par de Projectos Mineiros de senhores Generais, MPLA e a família do Presidente, neste valor (793 MUSD), não inclui CATOCA, CHITOTOLO, SML, SMK e outros que aqui não mencionamos.
E no orçamento de 2012, reservado em USD 1.059.111.379,31 que seguramente será inferior sobre aquilo que é explorado no BIP bruto incluindo outras fontes da economia da mesma região da LUNDA Tchokwe.
KK--28.106.803.870,00-------------0,62%------------281.068.038,70
Mox-23.283.011.249,00-------------0,52%------------232.830.112,49
LN---23.103.228.458,00-------------0,51%------------231.032.284,58
LS---31.418.094.354,00-------------0,70%------------314.180.943,54
OBS: no câmbio de 1 USD =100,00 KZ
O povo Lunda Tchokwe vai continuar a enfrentar essas injustiças, humilhações, penalizações, exploração massiva do seu solo, dominação total e cruel do regime instalado em Luanda?..até quando?..as reivindicações civilizadas são respondidas com prisões e mortes, diante de um direito legítimo. Os assassinatos nas Lundas silenciando seus povos enquanto se açambarcam os diamantes em benefício do mandante e de alguns dos seus generais....
O povo Lunda Tchokwe sabe que ninguém vai dar-nos o que queremos, temos que ser nós mesmo a lutar pelos nossos direitos e aspirações naturais. AFINAL A LUNDA ESTÁ AMORDAÇADA E A PRECISAR DE CADA UM DE NÓS.
POR SAMAJONE NA LUNDA
NA LUNDA PROFESSORES COM QUALIFICAÇÃO MÉDIA AUFEREM SALÁRIOS MISÉROS
Não obstante haver uma tabela salarial aprovada oficialmente, que estipula salario mínimo da função publica, que é 15.000,00 Kz/mês, o equivalente a 150,00 USD, caricatamente professores com qualificações e títulos acima indicados, ainda auferem um salário de 13.000,00 Kz/Mês ou seja 130,00 USD.
Estes professores formaram-se no Instituto Normal de Educação “Amor do Povo” nos anos idos de 1989 na Lunda-Sul.
Nesta condição, estão mais de 35 elementos da Ex Brigada Dangeroux que já leccionou para além da Lunda-Sul, Luanda, Kuando Kubango, hoje na região do Cuango Lunda-Norte, completamente ignorados, recebem os míseros salários no sistema não bancarizado como acontece pela Angola inteira.
Caricato é que os mesmos já auferiam salários até 130.000,00 Kz/Mês, cerca de 1.300,00 USD, de repente este valor baixa para 13.000,00 Kz, sem explicação por parte do órgão de tutela.
As reclamações e reivindicações com vista a repor a legalidade dos factos pelo órgão competente – Ministério da Educação, estão sendo continuamente ignorados. Porque tanta descriminação para com estes profissionais da Educação, quando precisamos de mais e mais professores?
Por SAMAJONE no Kuango
Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe
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