TQ (CFF) - Lusa
Lisboa, 30 jul (Lusa) - O escritório da FAO junto do Secretariado Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é inaugurado hoje em Lisboa, para ajudar a combater a pobreza e a fome nos países lusófonos.
A cerimónia será copresidida pelo secretário-executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, e pelo diretor-geral da Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, que vai ser distinguido com um doutoramento 'honoris causa' pela Universidade Técnica de Lisboa.
A pobreza e a fome afetam 28 milhões de pessoas nos países lusófonos, indica uma declaração aprovada no dia 20 deste mês, em Maputo, na cimeira de chefes de estado e de governo da CPLP.
Durante o encontro, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, considerou que o investimento da organização nos estados-membros da CPLP é insuficiente para responder aos desafios de combate à fome e segurança alimentar nos países lusófonos.
"Hoje, a FAO executa projetos na ordem dos 200 milhões de dólares (163 milhões de euros ao câmbio atual) nos países da CPLP. À primeira vista pode parecer uma cifra alta, mas representa menos de um dólar por cada um dos 250 milhões de habitantes dessa comunidade", disse o responsável da FAO.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO, na sigla em inglês) tem como objetivo aumentar a capacidade da comunidade internacional para promover em todo o mundo o suporte para a segurança alimentar e a nutrição.
Na sua passagem por Portugal, o diretor-geral da FAO vai ser distinguido hoje com um doutoramento 'honoris causa' pela Universidade Técnica de Lisboa (UTL).
Engenheiro agrónomo e professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, Brasil, desde 1977 que José Graziano da Silva se dedica a questões relacionadas com o desenvolvimento rural e a luta contra a fome.
Desde 2011 é diretor-geral da FAO, sendo o primeiro latino-americano a ocupar o cargo.
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