domingo, 26 de agosto de 2012

Seguro desafia primeiro-ministro a explicar porque falhou e os portugueses cumpriram

 

EC – Lusa, com foto
 
Funchal, 26 ago (Lusa) - O secretário-geral do PS, António José Seguro, desafiou hoje o primeiro-ministro a revelar quais as medidas vai tomar para cumprir a meta do défice de 4,5 por cento em 2012 e a explicar o que falhou.
 
António José Seguro lançou este desafio quando intervinha na Festa da Liberdade promovida anualmente pelo PS-M na fonte do Bispo, na Calheta.
 
"Desde a Madeira, desafio o primeiro-ministro a explicar o que falhou, a dizer aos portugueses que medidas vai tomar para honrar o compromisso e a mudar a política do que custe o que custar que não está a resolver nenhum dos nossos problemas", disse.
 
Ao referir que a execução orçamental nos sete primeiros meses do ano registou uma quebra de receitas fiscais na ordem dos 3,5 por cento comparativamente ao período homólogo de 2011, António José Seguro declarou que "o primeiro-ministro não pode passar os primeiros meses deste ano a dizer que os portugueses têm de honrar o memorando da 'troika' e, depois de tantos sacrifícios pedidos, é o primeiro a falhar no cumprimento desses objetivos e desse Memorando".
 
Por isso, o secretário-geral do PS considerou que Pedro Passos Coelho deve uma explicação aos portugueses: "o Governo falhou e os portugueses cumpriram, a responsabilidade é do primeiro-ministro e do Governo que ele lidera no nosso país".
 
"Que assuma as suas responsabilidades e que preste contas aos portugueses", concluiu.
 
Relativamente à política regional, António José Seguro sublinhou que "o melhor contributo que se pode dar para a autonomia não é andar com a autonomia na boca, não é andar com a autonomia nos discursos de circunstancia, é, através dela, gerir melhor os dinheiros públicos, servir melhor as pessoas, lutar para tirar as pessoas da pobreza e não canalizar os recursos públicos para os amigos mas pô-los ao serviço da população".
 
"Esta não é altura para referendos e muito menos sobre a autonomia porque em Portugal não há nenhuma questão autonómica, a autonomia na Madeira e nos Açores está estabilizada, aquilo que é uma questão em Portugal é a incompetência do presidente do Governo Regional da Madeira e do da PSD-M na gestão dos dinheiros públicos", lembrou.
 
O presidente do PS-M, Vítor Freitas, disse, por seu lado, não admitir o fecho do centro regional da RTP-M, nem a sua passagem para o Governo Regional para não ser "o Jornal da Madeira televisionado".
 
Avisou ainda que os socialistas não vão aceitar a revisão da Lei das Finanças Regionais nas costas da Assembleia Legislativa e lembrou que, em 2013, há eleições autárquicas e que os madeirenses não devem voltar a votar naqueles que lançaram a região "para o poço".
 
O presidente do Grupo Parlamentar do PS-M, Carlos Pereira, salientou que a situação de crise e sacrifícios na Madeira resultavam da "falta de democracia" porque o parlamento não exerce a sua competência fiscalizadora por responsabilidade da maioria PSD-M.
 
Orlando Fernandes, líder da JS-M, condenou também a política do Governo Regional e anunciou a sua recandidatura a mais um mandato na liderança dos jovens socialistas.
 

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