sábado, 1 de setembro de 2012

ANGOLA MADE IN MPLA, FUCK YOU!

 


União Africana considera "satisfatória" organização de escrutínio
 
31 de Agosto de 2012, 18:53
 
Luanda, 31 ago (Lusa) -- A organização das eleições gerais angolanas é "satisfatória" e o estado de espírito dos eleitores "bom", considerou hoje à tarde o chefe da missão de observadores da União Africana (UA).
 
"Visitámos diversas assembleias de voto em diferentes bairros da capital e falámos com os delegados no local", disse o chefe da missão da UA, o antigo Presidente de Cabo Verde Pedro Pires, citado pela agência AFP.
 
De acordo com Pedro Pires "toda a gente está de acordo que as eleições deste ano foram melhor organizadas do que as de 2008".
 
"A organização é satisfatória e o estado de espírito dos eleitores bom", afirmou, acrescentando que a missão verificou a presença de listas de eleitores à entrada das assembleias de voto.
 
O maior partido da oposição, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) manifestou dúvidas, nos últimos dias da campanha, quanto à conformidade do escrutínio com as leis, apontando nomeadamente confusão em torno das listas eleitorais.
 
Nas últimas eleições, em setembro de 2008, dificuldades organizativas impediram a abertura a horas de todas as mesas de voto, sobretudo na capital, obrigando a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) a prolongar a votação por um dia.
 
As eleições gerais de hoje a decorrer em Angola são as terceiras desde a independência do país em 1975.
 
De acordo com a nova Constituição, o líder do partido vencedor das legislativas será o Presidente da República.
 
O atual Presidente, José Eduardo dos Santos, no poder há quase 33 anos, é o grande favorito do escrutínio.
 
NV.
 
Primeiros resultados serão divulgados no sábado
 
Agosto de 2012, 22:04
 
Luanda, 31 ago (Lusa) - Os primeiros resultados das eleições gerais que se realizaram hoje em Angola começam a ser divulgados no sábado, anunciou em Luanda o presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
 
André da Silva Neto fez o anúncio numa declaração à imprensa, sem direito a perguntas, e que serviu para fazer um primeiro balanço da forma como decorreu o escrutínio.
 
O presidente da CNE reconheceu a existência de "constrangimentos de vária ordem" durante o ato eleitoral, facto que considerou "normal em qualquer processo eleitoral", preferindo não citar casos concretos, designadamente o atraso de nove horas para o início da votação em algumas mesas de voto em Viana, Norte de Luanda.
 
Os "constrangimentos" citados pelo presidente da CNE foram "pontualmente resolvidos", não afetando o processo eleitoral, acrescentou.
 
Silva Neto, que falou às 20:00 locais (mesma hora em Lisboa), duas horas depois do encerramento oficial das urnas, disse que o processo de votação, em curso ainda nalgumas localidades do país, e ao longo do dia, decorreu "com normalidade", razão pela qual felicitou os angolanos.
 
"Os cidadãos angolanos deram ao mundo um exemplo de civismo, tendo exercido o seu direito de cidadania e participado de forma ordeira e consciente num processo que visa consolidar a nossa jovem democracia", sustentou.
 
EL.
 
Uma votação normal, apesar de impugnação da UNITA
 
31 de Agosto de 2012, 21:11
 
Luanda, 31 ago (Lusa) - As eleições gerais em Angola decorreram hoje sem registo de incidentes graves, apesar de a votação ter começado com um aviso de impugnação da UNITA e do atraso de horas na abertura de pelo menos duas assembleias de voto.
 
Logo após a abertura das urnas, Isaías Samakuva, presidente da UNITA, avisou que o maior partido da oposição tenciona impugnar as eleições angolanas devido às "muitas irregularidades" no processo eleitoral.
 
"Nós vamos impugnar as eleições porque, no caso da província de Luanda, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) não entregou credenciais a mais de dois mil dos nossos delegados, o que implica que a UNITA não possa assegurar a veracidade dos resultados da votação em mais de mil mesas aqui em Luanda", explicou o líder do partido do "Galo Negro", após exercer o seu direito de voto, nos arredores de Luanda.
 
Abel Chivukuvuku, presidente da nova formação Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) também apresentou queixas, de manhã, ao votar no centro da capital, sobre o credenciamento dos representantes da sua lista nas mesas de voto, deixando críticas à forma "atabalhoada" como a CNE dirigiu o processo, "por ineficiência ou de propósito".
 
Ao fim da manhã, o presidente do órgão eleitoral garantiu que o processo decorria "sem constrangimentos suscetíveis de perturbar o andamento normal" da votação, acrescentando que as denúncias de falta de transparência e imparcialidade "vão ter de ser provadas".
 
Mais tarde, foi conhecida a situação de duas assembleias de voto em Viana, na saída norte de Luanda, onde os membros de várias mesas de voto não apareceram, deixando pelo menos dois mil leitores em estado de desespero até finalmente conseguirem iniciar o exercício do seu direito cívico a poucas do encerramento das urnas.
 
Vários relatos de irregularidades foram divulgados ao longo do dia, mas sem confirmação de qualquer entidade oficial, e, apesar dos receios de perturbações em relação aos cadernos eleitorais, os angolanos ouvidos pela Lusa na área metropolitana de Luanda elogiaram o processo, classificando-o mais bem organizado do que nas legislativas de 2008.
 
Lucanissa, cidadã registada na assembleia de voto 152, em Talatona, 20 quilómetros a sul de Luanda, considerou "mais fluida" a votação. "Assim que cheguei, dirigi-me à mesa de voto - com antecedência verifiquei onde é que devia ir votar -, então foi fácil. Muito fácil", descreveu.
 
O "estado-maior" do MPLA acorreu de manhã à Cidade Alta, junto à Presidência angolana, onde votou o chefe de Estado, José Eduardo dos Santos. Nenhum dos altos quadros do partido ou do Governo deu relevância à ameaça da UNITA.
 
O Presidente angolano e do MPLA, José Eduardo dos Santos, chegou ao fim da manhã à escola Yara Jandira, apresentou a sua identificação, votou e, como todos os angolanos, mergulhou o indicador direito num frasco de tinta indelével.
No final, e ao contrário do que aconteceu nas legislativas de 2008, dirigiu-se aos jornalistas para convidar todos os angolanos a usarem o "poder do povo" e votarem para "desenvolver a democracia", lembrando que "a democracia é o poder do povo e o povo tem esse poder nas suas mãos para escolher os dirigentes que vão governar Angola nos próximos cinco anos".
 
O ex-administrador da petrolífera estatal Sonangol e o número dois da lista do MPLA, Manuel Vicente, também votou na mesma assembleia de voto e, à saída, disse que "não há riscos nenhuns" de o MPLA perder as eleições, prometendo "continuar a desenvolver as políticas em prol do povo angolano".
 
Os 9.757.671 eleitores angolanos foram hoje chamados a votar nas terceiras eleições da sua história para escolher a composição do parlamento e as primeiras em que o Presidente da República e o vice-Presidente são escolhidos por via indireta.
 
A afluência às urnas foi elevada às primeiras horas da manhã, tendo uma redução acentuada à medida que o dia foi avançando.
A missão de observadores da União Africana, chefiada pelo ex-Presidente cabo-verdiano Pedro Pires, foi a única entidade internacional que se pronunciou hoje e considerou "satisfatória a organização das eleições gerais.
 
HB
 
"UNITA quis boicotar votação porque não se preparou" -- MPLA
 
31 de Agosto de 2012, 22:38
 
Luanda, 31 ago (Lusa) - O MPLA, partido no poder em Angola, declarou hoje que "a UNITA quis boicotar" as eleições gerais "porque não se preparou" e prevê que a principal força de oposição continue a sua estratégia "até às últimas consequências".
 
Num encontro com os jornalistas, hoje à noite, no fim do dia eleitoral em Angola, o porta-voz do MPLA, Rui Falcão, disse que "felizmente o país está numa situação diferente" das votações de 1992 e 2008, "as instituições cumpriram cabalmente os seus deveres e a UNITA não teve outra alternativa senão recuar" na ideia de não se apresentar a votos.
 
"A resposta foi dada hoje", afirmou Rui Falcão, em referência à afluência às urnas.
"Perante a evidência, o presidente da UNITA declarou que tomou a decisão mais difícil da sua vida", lembrou, esperando que, "em consciência essa decisão tenha sido de votar no MPLA, que é o partido certo para o futuro de Angola".
 
O líder do maior partido de oposição, Isaías Samakuva, disse hoje de manhã que tenciona impugnar as eleições gerais em Angola, devido às "muitas irregularidades" do processo eleitoral, depois de ter recuado na noite de quinta-feira da decisão de não se apresentar a votos, na decisão "mais difícil" da sua vida.
 
"É a continuação da estratégia. A UNITA não se preparou porque acreditou que podia boicotar o processo", afirmou Rui Falcão,
 
"A atitude da UNITA até ontem [quinta-feira] pode ter redundado num mau resultado eleitoral, que aliás eles já previam", disse o porta-voz do MPLA, acrescentando que o partido da oposição "vai continuar a fazer a sua estratégia, levá-la até às últimas consequências e tentar a impugnação".
 
No início do encontro com os jornalistas, Rui Falcão leu uma declaração do Bureau Político do MPLA, na qual apresenta "o seu mais vivo reconhecimento pelo trabalho" da Comissão Nacional Eleitoral (CNE)" e afirma que "aceitará qualquer resultado ditado pelo povo".
 
"A todos os cidadãos eleitores", lê-se na mesma declaração, "o MPLA reitera a sua disposição de continuar a trabalhar no sentido de eliminar a fome, reduzir substancialmente a pobreza e conduzir o país para o desenvolvimento".
 
"O resto são episódios", disse Falcão, na fase de respostas aos jornalistas, "de partidos que não se transformaram efetivamente em partidos políticos, não tiveram essa capacidade ainda", acusando-os de "viver da mentira, falaciosa às vezes, da falta da dignidade própria" e de tentar "macular o que os outros fazem".
 
O porta-voz do partido maioritário admitiu a existência "de dificuldades" no processo conduzido pela CNE, nomeadamente em relação ao credenciamento dos delegados dos partidos nas mesas de voto, uma das principais queixas da UNITA e de outros partidos de oposição.
 
"É preciso sermos sérios e honestos e dizer que esses partidos que hoje reclamam ainda ontem [quinta-feira] estavam a entregar listas para credenciamento na CNE", assinalou Falcão, acrescentando que" todos os membros envolvidos na organização do processo eleitoral tiveram uma atitude gigantesca" e que o dia de hoje "catapulta Angola para os países mais organizados do continente africano".
 
"Não devemos arcar ou transmitir para a CNE aquelas que são as nossas responsabilidades, a nossa incapacidade de organizar os nossos partidos para participar num pleito como este", disse ainda. "Infelizmente foi o que aconteceu com alguns partidos".
 
HB.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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