Casal chinês assassinado a tiro em Cahora Bassa
04 de Setembro de 2012, 14:58
Chimoio, Moçambique, 04 set (Lusa) - Um casal chinês foi assassinado a tiro, à saída da sua loja, no distrito de Cahora Bassa, em Tete, no centro de Moçambique, alegadamente por motivos passionais, disse hoje à Lusa fonte policial.
Deolinda Matsinhe, chefe do departamento das relações públicas no Comando da Polícia em Tete, disse que o atirador, membro das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), foi "alugado" pela ex-mulher do finado, para se vingar da nova relação deste, em troca de 70 mil meticais (2.100 euros).
"Depois de findar a relação com a ex-mulher (uma jovem moçambicana) com quem viveu maritalmente, o chinês trouxe a sua esposa da China. Isso pode ter provocado a ira de que resultou no crime ocorrido na última quinta-feira em Chitima (Cahora Bassa). O atirador e a mandante estão detidos", disse à Lusa Deolinda Matsinhe.
O atirador, explicou, disparou três tiros fatais contra o casal, que atingiu as costas das vítimas, quando estes iam fechar a loja, na passada quinta-feira. A arma tinha sido escondida numa árvore no recinto de um café, próximo do local.
"O indivíduo foi identificado por populares", disse à Lusa Deolinda Matsinhe.
AYAC.
Presidente de Moçambique debate situação na RDcongo com a "troika" da SADC
04 de Setembro de 2012, 15:00
Maputo, 04 set (Lusa) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, reúne-se hoje na Tanzânia com a "troika" para a Paz, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), para debater a instabilidade na República Democrática do Congo (RDC).
Na qualidade de presidente em exercício da SADC, Armando Guebuza, vai transmitir aos seus homólogos Jakaya Kikwete, da Tanzânia, Hifikepunye Pohamba, da Namíbia, e Jacob Zuma, da África do Sul, membros da "troika", e Joseph Kabila, da RDCongo, os resultados do encontro da semana passada com o presidente ruandês, Paul Kagamé.
Armando Guebuza reuniu-se em Kigali com Paul Kagamé, para persuadir o chefe de Estado congolês a parar o alegado apoio à rebelião da RDCongo no nordeste do país.
A 32.ª Cimeira dos Chefes de Estado e Governo da SADC realizada na capital moçambicana acusou o Ruanda de apoiar a insurreição na RDCongo, imputação que Kigali rejeita veementemente.
Além da instabilidade na RDCongo, a "troika" para a Paz, Defesa e Segurança da SADC vai debruçar-se igualmente sobre o impasse da situação política no Zimbabué e no Madagáscar.
No Zimbabué, os principais líderes do país estão em divergência quanto a alguns pontos de uma nova Constituição, reputada essencial para a realização de novas eleições.
Quanto a Madagáscar, mantém-se o diferendo sobre o regresso ao país do ex-chefe de Estado, Marc Ravalomanana, deposto em 2010 por Andry Rajoelina.
PMA
Alegado chefe de quadrilha envolvida em sequestros morto a tiro pela polícia
04 de Setembro de 2012, 15:04
Maputo, 04 set (Lusa) - O alegado chefe de uma quadrilha supostamente envolvida em sequestros foi abatido pela polícia moçambicana durante uma perseguição, anunciou segunda-feira a corporação.
Em conferência de imprensa em Maputo, as autoridades policiais apresentaram cinco pessoas, incluindo duas mulheres, detidas na operação, em conexão com o seu alegado envolvimento na onda de raptos que assola as cidades moçambicanas.
Cerca de 30 membros da influente comunidade islâmica moçambicana foram raptados nos últimos meses nas principais cidades do país, tendo sido libertadas mediante pagamento de avultadas quantias de dinheiro de resgate.
Segundo Raul Freia, porta-voz do Comando Geral da Polícia moçambicana, durante a perseguição, no Bairro de Kongolote, arredores de Maputo, dois membros da suposta quadrilha conseguiram fugir.
O Movimento Islâmico de Moçambique ameaçou mobilizar os membros da comunidade para encerrarem o comércio em Maputo e realizar uma marcha de protesto contra a vaga de raptos.
As ações de protesto acabaram por ser suspensas, depois de os líderes do movimento terem sido recebidos pelo chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza.
PMA
Necessário identificar papel da agricultura no processo de industrialização do país - economista
04 de Setembro de 2012, 16:24
Maputo, 04 set (Lusa) - Moçambique tem múltiplos planos de desenvolvimento agrícola, mas não consegue identificar o papel da agricultura no processo de industrialização do país, considerou hoje o diretor do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE) moçambicano, Carlos Nuno Castel-Branco.
Falando na III conferência internacional do IESE, o responsável pela instituição de pesquisa disse "haver vários interesses" no setor agrícola moçambicano, mas ressalvou: "Não está tão claro qual é o interesse na agricultura".
O IESE iniciou hoje uma série de debates subordinados ao tema "Moçambique: Acumulação e Transformação num Contexto de Crise Internacional", visando introduzir novas perspetivas e abordagens fundadas numa análise de economia política do país.
As apresentações e debates contarão com a presença de participantes nacionais e provenientes de cerca de 20 países de África, Europa, Ásia e América.
Na discussão sobre a "Questão Agrária nos Tempos de Hoje", Carlos Nuno Castel-Branco afirmou que os desafios económicos em Moçambique passam também pela definição do papel da agricultura no processo de industrialização, resultante das descobertas de recursos minerais.
Mas, "a posição do governo é ambígua" quanto à questão da terra, aliás, "quando se olha para o conteúdo das políticas (governamentais) há muita coisa que vem do passado", referiu a académica Bridget O´Laughilin.
Por seu turno, o docente Marc Wuyts apontou a problemática do "dualismo na área agrícola" moçambicana como uma das causas da baixa produtividade, sublinhando, como exemplo, a manutenção do modelo agrário que "é igual" desde o período colonial, a era socialista e a agricultura atual.
MMT.
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
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