segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Portugal: Greve geral de quarta-feira pára transportes, aeroportos e correios

 


Marta Cerqueira – i online, com Lusa
 
No dia de greve geral, marcada para a próxima quarta-feira, o sector dos transportes parece ser um dos mais afectados.
 
Em Lisboa, o metro vai estar fechado e vão estar a circular 11 carreiras de autocarro da Carris, a funcionar a 50% do horário de Verão e assegurados por trabalhadores não aderentes à greve, se os houver. Esta foi uma decisão do tribunal, já contestada pela Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações.
 
Quanto às ligações fluviais, o tribunal arbitral decidiu ainda definir uma lista de 40 circulações obrigatórias, que ligam o Cais do Sodré ao Montijo, ao Seixal, a Cacilhas e ao Barreiro.
 
Várias companhias aéreas anunciaram já que vão cancelar voos que estavam previstos para quarta-feira. A ANA, empresa que gere os aeroportos portugueses, recomenda aos passageiros que confirmem todos os voos marcados para 14 de Novembro.
 
Ao contrário do que tem acontecido nas últimas greves gerais, não estará aberta uma estação de correios aberta em cada município do país, estando a trabalhar com serviços mínimos muito reduzidos. No dia 14, vai apenas funcionar a distribuição de telegramas, de vales postais da Segurança Social e de correspondência que “titule prestações por encargos familiares ou substitutivas de rendimentos de trabalho”, desde que devidamente identificada.
 
Concentrações promovidas pela CGTP
 
A greve geral de quarta-feira, convocada pela CGTP, terá impacto em pelo menos 12 distritos do país nos quais estão agendadas 39 concentrações, algumas das quais vão culminar em desfiles de protesto.
 
Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, Açores e Madeira são, de acordo com a informação facultada à Lusa pela CGTP, distritos onde trabalhadores, desempregados e pensionistas poderão mostrar nas ruas o protesto que levou à marcação da grevegeral. Em Lisboa, está marcada uma concentração para as 14:30, na praça do Rossio.
 
A greve geral, a segunda desde que Arménio Carlos assumiu a liderança da Intersindical, tem como lema "Contra a Exploração e o Empobrecimento, Mudar de Política - Por um Portugal com Futuro".
 
"Esta não é uma grevesó de protesto, é sobretudo uma grevede propostas alternativas para o país", disse Arménio Carlos na altura, lembrando que a central sindical apresentou recentemente um conjunto de propostas alternativas às medidas de austeridade que o Governo tem vindo a apresentar.
 

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