domingo, 18 de novembro de 2012

Portugal - “O PR NÃO CONFERE UM PODER ATIVO A ESTE GOVERNO”

 

 
João Céu e Silva – Diário de Notícias - hoje
 
O ex-parceiro de Sá Carneiro num Governo de coligação PSD/CDS considera que Cavaco Silva vai ter que tomar uma decisão a breve prazo sobre a demissão do Executivo de Passos Coelho devido ao fracasso das políticas financeiras que estão a sacrificar os portugueses para além do aceitável e aponta os argumentos constitucionais para a intervenção do Presidente da República.
 
Para Freitas do Amaral é irreversível que, a manter-se o atual rumo de austeridade injusta sobre os portugueses, o Governo sobreviva: "Entre o quarto e o nono mês de 2013 é quase inevitável haver eleições." O falhanço da execução orçamental e a hipótese de uma pesada derrota nas eleições autárquicas serão os argumentos definitivos para a decisão presidencial.
 
Para o fundador do CDS, "não é possível que um Governo e um ministro das Finanças mantenham intacta a credibilidade, quer política, quer técnica, quando estão a manipular os números e não falam verdade aos portugueses." Para o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, a razão para Passos Coelho manter o rumo que coloca Portugal em perigo, contra todos os avisos, deve-se a ter o pensamento económico colonizado pelo ministro das Finanças.
 
Entre as afirmações polémicas, numa grande entrevista que pode ser integralmente lida na edição de hoje do DN, Freitas do Amaral considera que se aproxima "o momento em que o Presidente vai ter que tomar uma decisão ou perguntar ao povo português". Refere o seguinte sobre a atitude de Cavaco Silva: "O Presidente, em consciência, não pode afirmar que ultrapassámos o limite do sustentável sem tirar consequências políticas".
 
Quanto ao CDS, o político acusa o partido agora liderado por Paulo Portas de ter tido "entradas de leão mas foi encostado à parede." Não duvida que o CDS esteja fora do elenco de um próximo Governo: "A solução é um Governo do PSD e do PS, sem o CDS". Quanto ao partido liderado por António José Seguro, também é muito claro: "Neste momento o PS ainda não é alternativa para os portugueses."


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