Jornal i - Lusa
O Banco de Portugal
espera uma recessão mais profunda em 2013, alterando a projeção de uma quebra
de 1,6% que tinha em novembro para um recuo de 1,9%, devido às medidas
orçamentais e à desaceleração das exportações.
No Boletim
Económico de Inverno hoje publicado, o Banco de Portugal explica que “em 2013,
a implementação das medidas de consolidação orçamental incluídas no Orçamento
do Estado para 2013 (OE2013) contribuirá para uma queda significativa do
rendimento e da procura interna”, sendo no entanto amenizada por um
comportamento relativamente positivo das exportações.
No entanto, esta
mesma previsão para as exportações durante este ano teve uma forte revisão em
baixa, passando de um crescimento esperado na ordem dos 5% que a instituição
projetava em novembro do ano passado para um crescimento de apenas 2%.
A explicar estes
cálculos está uma agravamento pronunciado na procura externa dirigida à
economia portuguesa, que passa a ter um crescimento esperado praticamente nulo
(0,3%) como já havia acontecido no ano passado, contra um crescimento de 2,5%
esperados em novembro último.
O Banco de Portugal
aponta também para um regresso ao crescimento no próximo ano com um crescimento
do PIB na ordem dos 1,3%, deixando no entanto um aviso: existem riscos pela
negativa para estas projeções, especialmente porque só estão consideradas
medidas já aprovadas.
A instituição
liderada por Carlos Costa só considera para efeito de cálculo destas projeções
as medidas que já foram aprovadas, nomeadamente no âmbito do OE2013, e que
esteja previsto continuarem a ser aplicadas em 2014.
De fora ficam todas
as medidas que possam vir a ser tomadas, tanto no próximo orçamento ou mesmo
nos planos de reforma do Estado que o Governo estará a fazer.
“Os riscos da
projeção da atividade económica são descendentes, com especial incidência em
2014 e decorrem, nomeadamente, do facto de apenas se considerarem medidas
orçamentais já aprovadas ou anunciadas e suficientemente detalhadas”, diz o
Banco.
A recessão esperada
para o conjunto de 2012 continua a ser ainda de 3%.
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