MYB – VM - Lusa
São Tomé, 15 mar
(Lusa) -- A angolana Unitel venceu o concurso para se tornar a segunda
operadora de telecomunicações em São Tomé e Príncipe e a representante do Banco
Mundial (BM) para o setor considerou hoje esta candidatura como
"tecnicamente competente".
"É uma
proposta tecnicamente competente e está-se neste momento à espera de finalizar
as formalidades, nomeadamente a entrega de uma garantia bancária por parte da
Unitel", disse Isabel Neto, no final de uma audiência com o presidente da
Assembleia Nacional, Alcino Pinto.
No encontro, as
duas partes discutiram a necessidade de se assegurar "uma concorrência
efetiva" e vários outros aspetos ligados ao direito do consumidor.
"Discutimos
aspetos de funcionamento geral do setor e aquilo que passa a ser agora o ainda
mais importante com a entrada deste segundo operador, nomeadamente assegurar
uma concorrência efetiva e todos os aspetos de partilha de infraestruturas, da
defesa dos direitos do consumidor", explicou a representante do BM para as
telecomunicações.
O Governo
são-tomense, através da Agência Geral de Regulação (Ager) e a Unitel estão a
discutir também os investimentos complementares, que incluem o acesso das
telecomunicações a toda a população, particularmente a ligação à ilha do
Príncipe e às zonas rurais.
O diretor da Ager,
Orlando Fernandes, garantiu, em declarações a jornalistas, que a companhia
angolana foi o único concorrente que cumpriu os requisitos técnicos e
financeiros constantes do caderno de encargos para a obtenção de uma licença de
telecomunicações fixas e móveis em São Tomé e Príncipe.
Fonte da Agência
Geral de Regulação disse que pelo menos sete concorrentes receberam os cadernos
de encargos, tendo apenas um manifestado o seu interesse nesta área.
As propostas foram
avaliadas por técnicos da Autoridade Geral de Regulação, dos Ministérios das
Finanças e das Infraestruturas e Obras Públicas, auxiliados por especialistas
do Banco Mundial.
A atribuição da
licença à proposta apresentada pelo grupo da empresária angolana Isabel dos
Santos porá fim ao monopólio da Companhia Santomense de Telecomunicações (CST),
participada da Portugal Telecom, que opera no arquipélago há já vários anos.
O caderno de
encargos do concurso público deixou de fora a televisão por cabo, que deve
aguardar pela entrada em vigor de uma nova lei que alarga a área de jurisdição
da autoridade reguladora.
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