A revista ‘Retrato
do Brasil’, dirigida pelo jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, em sua edição
que chegou às bancas, disseca a complexidade da ação penal 470, da qual
questões cruciais não foram adequadamente esclarecidas no julgamento. Leia a
íntegra da reportagem
Carta Maior
São Paulo – No
momento em que a suprema corte nega aos acusados da AP 470 a ampliação de prazo
para a apresentação de embargos, e Joaquim Barbosa veta a publicação dos votos
escritos dos ministros do STF, solicitada pela defesa, a revista ‘Retrato do Brasil’, dirigida pelo jornalista Raimundo
Rodrigues Pereira, em sua edição que chegou às bancas, disseca a complexidade
de uma ação penal em que questões cruciais não foram adequadamente esclarecidas
no julgamento.
A principal delas refere-se ao alicerce basilar da acusação: o suposto repasse
de cerca de R$ 74 milhões do Banco do Brasil, via fundo Visanet, para a agência
DNA, de onde teria sido utilizado para irrigar as engrenagens do suposto
'mensalão'.
A edição da Retratos do Brasil traz provas e rastreamentos que evidenciam a
improcedência dessa alavanca que moveu todo o processo e sustentou a condenação
dos acusados.
Trata-se, escandalosamente, de uma alavanca sem ponto de apoio na realidade dos
fatos e das leis.
Os recursos pagos, em primeiro lugar eram da Visanet, que não é uma empresa
pública. Perícias realizadas por especialistas de dentro e de fora do BB
atestam que os srviços de publicidade contratados foram feitos. Há documentos
que os atestam.
O principal acusado de ser o elo entre o BB e o 'esquema do mensalão', Henrique
Pizzolato, não era o representante do banco junto ao Visanet.
As ordens de liberação de recursos eram assinadas por um colegiado, do qual
participavam diretores indicados pelo governo anterior, de Fernando Henrique
Cardoso.
Seria no mínimo paradoxal que estivessem a serviço de uma lógica teoricamente
adversa aos interesses partidários de seus padrinhos políticos.
São inúmeras as evidências de que por trás da narrativa de esmero profissional
e estratégia midiática transbordante de sintonia eleitoral, que marcou todo o
julgamento da AP 470, há pilares trincados. E a palavra trincado aqui é uma
cortesia dos bons modos.
Esses elementos respaldam os recursos que a defesa deve apresentar ao STF.
Antes que sejam desdenhados com a cobertura da mídia conservadora, convém ler a
radiografia dos fatos colhida no trabalho jornalístico rigoroso da presente
edição de "Retrato do Brasil'.
Redação da Carta Maior
Clique aqui e leia a reportagem completa publicada em
edição especial da revista Retrato do Brasil.
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