sábado, 20 de abril de 2013

Portugal: Jerónimo de Sousa acusa governo e troika de prepararem "terrorismo social"




Jornal i - Lusa

O secretário-geral do PCP acusou na sexta-feira o Governo e a ‘troika’ de estarem a preparar “um novo programa de terrorismo social”, que “apenas esperava por um momento oportuno” que surgiu com a decisão do Tribunal Constitucional (TC).

Jerónimo de Sousa afirmou que o “novo programa de terrorismo social” estava “há muito delineado”, mas que “apenas esperava um momento oportuno para o Governo o pôr em marcha”.

A decisão do TCm que chumbou normas do Orçamento do Estado, foi “o momento ajustado para desencadear a mais descarada operação de mentira, chantagem e passa-culpas a que o país assistiu nos últimos tempos”, realçou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista discursava na sessão de apresentação de Hortênsia Menino, atual presidente da Câmara de Montemor-o-Novo, como candidata da CDU à presidência do município nas próximas eleições autárquicas, que decorreu no Teatro Curvo Semedo, na cidade alentejana.

Numa sala cheia, Jerónimo de Sousa referiu que o “Conselho de Ministros desta semana” começou a antecipar um pacote de medidas que representa “um novo assalto ao rendimento e aos direitos dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas e às funções sociais e aos direitos de todo o povo”.

O Governo “não foi capaz de concretizar nenhum dos objetivos e das metas” a que se tinha proposto e “vem numa encenação dramatizada dizer que o país vive uma situação de emergência e que a culpa é da Constituição e do TC”, disse.

O secretário-geral do PCP assinalou que o “novo programa de terrorismo social”, que envolve um corte de “muito mais de 4 mil milhões de euros”, tinha sido “anunciado há meses” através de um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) “para dar continuidade ao pacto de agressão”.

“Digam o que disserem e façam os apelos que fizerem ao consenso nacional para impor um novo roubo que preparam aos trabalhadores e ao povo, não há justificação para tais medidas, tal como não há razão para manter este Governo que conduziu o país para uma situação calamitosa”, acrescentou.

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