Jornal i - Lusa
“Milhões de
portugueses vivem um presente muito complicado, no limiar da fome e da pobreza,
ou abaixo desse nível, que nos deve envergonhar”, disse o histórico autarca
socialista
O presidente da
Câmara Municipal de Elvas, Rondão de Almeida, lamentou hoje que “milhões de
portugueses" estejam a viver no “limiar da fome e da pobreza”,
considerando que essa situação deve envergonhar os portugueses.
“Milhões de
portugueses vivem um presente muito complicado, no limiar da fome e da pobreza,
ou abaixo desse nível, que nos deve envergonhar”, disse o histórico autarca
socialista.
Rondão Almeida
falava na sessão solene de boas-vindas da Câmara de Elvas ao Presidente da
República, Cavaco Silva, que este ano elegeu a cidade alentejana para as
comemorações oficiais do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das
Comunidades Portuguesas.
No seu discurso, no
cineteatro municipal de Elvas e antes da intervenção do chefe de Estado, Rondão
de Almeida destacou o papel da população local ao longo da história e recordou
todos os momentos que marcaram a cidade do ponto de vista militar, sublinhando
a “determinação” do povo na altura de superar as dificuldades.
“A história desta
cidade ensina-nos que, em muitos momentos vitoriosos para Portugal, os elvenses
estiveram bem presentes e deram um contributo decisivo. É esse contributo que
continuamos a dar no momento atual, em que Portugal, infelizmente, vive anos de
dificuldades”, disse.
A história de
Elvas, segundo Rondão de Almeida, “dá-nos uma grande lição”, uma lição de “bravura,
valentia e de coragem”, um exemplo de “nacionalismo, de força, de virtude” que
se traduz numa “lição de valores” que os portugueses devem “enfrentar” nos
tempos atuais.
Para exemplificar
que Elvas não baixa os braços perante essa realidade, o autarca salientou que o
município desenvolve vários investimentos de “grande volume” e que mantém uma
“invejável saúde financeira”, fruto de uma gestão “rigorosa”.
“Temos quase duas
dezenas e meia de programas sociais, desde quando o bebé ainda está em gestação,
atravessando as diversas fases do crescimento de crianças e jovens, indo à
idade adulta e ativa, chegando até aos mais idosos”, acrescentou.
Durante o discurso,
Rondão de Almeida, enalteceu também a classificação como Património da
Humanidade da “Cidade-Quartel fronteiriça de Elvas e suas Fortificações”, pela
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a 30
de junho de 2012.
O primeiro ponto do
programa das comemorações do 10 de Junho ocorreu na Praça da República de
Elvas, com a cerimónia militar do içar da bandeira e guarda de honra militar.
Após a sessão
solene de boas-vindas e ainda antes do almoço, Cavaco Silva irá descerrar no
Castelo de Elvas a placa que assinala a inscrição da cidade na lista do
património mundial da UNESCO.
O almoço irá
decorrer na Casa da Cultura de Elvas e reunirá personalidades que se
distinguiram em Portugal e no estrangeiro no âmbito das suas atividades
profissionais.
À tarde, o programa
das comemorações do 10 de Junho é retomado às 15:00, com a inauguração da
exposição "Fortificação do Território - A Defesa e Segurança de Portugal
nos séculos XVII a XIX", no Paiol de Nossa Senhora da Conceição.
Já ao final da
tarde, o chefe de Estado irá visitar o local onde se realizam as atividades
militares complementares, no Parque do Viaduto, descerrando, de seguida, a
placa toponímica da nova "Avenida do Dia de Portugal".
O primeiro dia das
comemorações oficiais do 10 de Junho termina com a habitual sessão de
apresentação de cumprimentos do corpo diplomático, no Museu de Arte
Contemporânea, e com um jantar oferecido pelo Presidente da República por
ocasião das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades
Portuguesas, num hotel de Elvas.
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