A Semana (cv)
Dois agentes da
Polícia Nacional afectos ao Serviço de Emigração e Fronteira, que acompanhavam
um grupo de deportados da Guiné Bissau, foram detidos pelas autoridades daquele
país por suspeita de espionagem, confirmou à RCV o Primeiro-ministro, José
Maria Neves.
A detenção terá
acontecido na terça-feira, 9. Os dois agentes acompanhavam um grupo de
deportados bissauguineense. O chefe do executivo recusa, no entanto, a
confirmar a posicionar sobre esta detenção, alegando que o processo é ainda
confuso.
“Não temos todos os
elementos que nos permitem pronunciar claramente sobre esta matéria. Estamos a fazer
a recolha de informações e os contactos necessários para tomar uma posição
definitiva sobre a matéria e solicitar que medidas sejam tomadas no sentido de
garantir o respeito escrupuloso dos direitos dos agentes”, revelou José Maria
Neves.
O PM garantiu ainda
que os dois agentes deslocaram em missão de serviço, sem precisar o que foram
fazer naquele país. “Foram em uma missão normal de serviço que tem a ver com um
melhor desempenho dos agentes de Fronteiras. Trata-se de uma deslocação de
rotina que a PN vem fazendo não só a Guiné Bissau, mas a outros países”,
limitou a dizer.
Confrontado com o
facto dos agentes estarem em missão de espionagem, conforme deixam entender as
autoridades da Guiné Bissau, JMN recusou a entrar em detalhes. Aproveitou no
entanto para esclarecer ou mandar um recado ao afirmar que Cabo Verde não
possui serviço de espionagem e nem interesse para espiar nenhum país.
Entre os agentes da
PN em Cabo Verde, não restam dúvidas de que esta detenção é uma retaliação da Guiné Bissau à detenção no mar do arquipélago de Bubo na Tchuto por militares
dos EUA, que desde sempre atribuíram responsabilidades às autoridades nacionais
e, inclusive, lançaram suspeitas sobre a participação de agentes de Cabo Verde na captura.
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