Fernanda Mestrinho –
Jornal i, opinião
Professor Vítor
Gaspar:
Imagino que está de
férias. Descontraído, a perder as olheiras. Melhor que muitos portugueses por
não lhes terem pago o subsídio de férias, a que tinham direito, e suam as
estopinhas para terem um pouco de praia e acertarem alguns
"negativos". Aqueles que ainda têm emprego, claro.
Explicou-nos porque
se demitiu: falhou todas as previsões e perdeu credibilidade. Professor, aqui
está o currículo ideal para um lugar internacional. Já enviámos Durão Barroso,
um primeiro-ministro que se pirou, e Vítor Constâncio, o governador do Banco de
Portugal que não viu nada de ilícito no BNP, e outros.
Calculo que não
ouve notícias, mas posso dizer-lhe que "nós por cá? todos mal".
Deixou-nos na miséria, fala-se pouco de si (que sorte, hem!!!) graças à
rebaldaria da maioria governamental.
Nem lhe conto os
adjectivos com que são mimoseados Coelho e Portas. Roubaram-me as palavras? mas
assino por baixo.
Imagino que irá,
formalmente, para o lado dos credores. Depois da experiência que teve, os
"papers" que fazem lá por fora não interessam nada. Está de acordo?
Se fosse para o
FMI, teria Christine Lagarde. Acabei de ler uma transcrição do "Le
Monde", a propósito do "escândalo Tapie", um cartão enviado por
ela ao ex-presidente Sarkozy: "Utiliza- -me como te convier". Vê,
também nos enganamos. Queremos as mulheres no poder e algumas servem-se disso
como escadote.
Professor Vítor
Gaspar: está a salvo e nós afundamo-nos. Dê notícias.
Jornalista/advogada
- Escreve ao sábado
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