Jornal i - Lusa
Segundo a líder
bloquista, "tudo falhou, tudo foi mal feito e tudo correu mal"
A coordenadora do
Bloco de Esquerda disse hoje que "tudo falhou" e que, a 48 horas do
dia que Passos Coelho “garantiu” como sendo aquele em que Portugal regressaria
aos mercados, o país está na "iminência" de novo resgate.
Em declarações aos
jornalistas, à margem de uma arruada em Guimarães, Catarina Martins afirmou que
o consenso a que o Presidente da República apela é a "volta da
austeridade" e para "salvar" um Governo de direita.
Na ocasião, acusou
ainda o PS de ter sido o "seguro de vida" de uma Governo que "já
estava morto" e Paulo Portas de estar a "engolir a linha
vermelha" que prometeu não ultrapassar, ao aceitar incluir no Orçamento de
Estado (OE) para 2014 cortes nas pensões.
"Há um ano,
Pedro Passos Coelho garantia que no dia 23 de setembro de 2013 Portugal ia
regressar aos mercados. A 48 horas do dia em que o primeiro-ministro disse que
Portugal estava a regressar aos mercados o que vemos é Portugal na
"iminência" de um segundo resgate", afirmou Catarina Martins.
Segundo a líder
bloquista, "tudo falhou, tudo foi mal feito e tudo correu mal".
Catarina Martins
apontou que "a recessão é muito mais profunda do que tinham dito que
seria, o desemprego tem um valor avassalador, a dívida pública continua a
crescer, o défice não está controlado".
Aliás, referiu,
"não há nada que o sr. primeiro-ministro tenha dito que tenha
acontecido".
Sobre os apelos ao
consenso que o Presidente da República tem feito, Catarina Martins considerou
que esse consenso é "em torno da austeridade" para o país.
"O Presidente
da República apela a um consenso para salvar o Governo de direita. O que é
triste é sabermos que o PS tem aceitado entrar neste jogo. Durante uma semana,
o PS aceitou o namoro com o Governo e foi assim o seguro de vida de um Governo
que já estava morto", acusou.
A solução para a
situação do país passa, salientou Catarina Martins, pelo voto no Bloco no dia
29.
"Num momento
em que percebemos todo o falhanço da política do Governo, precisamos no dia 29
de setembro é de uma clara [votação] em todo o país contra a política da
‘troika’ e deste Governo. Essa será com o BE", disse.
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