O oitavo congresso
ordinário do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC) foi novamente adiado e remarcado para entre 25 a 27 de outubro, disse à
Lusa Óscar Barbosa, porta-voz do partido.
De acordo Óscar
Barbosa, também membro do secretariado permanente do "bureau" (órgão
restrito do partido), a decisão do adiamento foi tomada pela maioria dos
membros do Comité Central (órgão máximo do PAIGC no intervalo entre
congressos), atendo aos atrasos nos preparativos da reunião magna, que devia
ter lugar de 10 a 13 de outubro.
É a quarta vez que
o oitavo congresso do PAIGC, partido mais votado da Guiné-Bissau, é marcado e
adiado.
O porta-voz do
PAIGC garantiu que "desta vez a data é inadiável".
Os candidatos à
liderança do partido tinham chegado a um compromisso no sentido de o congresso
ser realizado apenas em novembro, mas no último dia da reunião do Comité
Central, na quinta-feira, decidiu-se realizar o conclave em outubro.
Óscar Barbosa
sublinhou que o partido pretende adequar a data do congresso à data das
eleições gerais marcadas para 24 de novembro.
"A conferência
dos candidatos tinha proposta a data de 07 a 10 de novembro, mas entendeu-se
que devemos ajustar o nosso calendário ao calendário eleitoral do país e, para
jogar no seguro, o Comité Central entendeu que o melhor seria realizar o
congresso em outubro", disse Óscar Barbosa.
A reunião do Comité
Central, que devia durar três dias, acabou por decorrer durante 16 dias, mas o
porta-voz do partido maioritário na Assembleia Nacional Popular (ANP, o
Parlamento guineense) diz ter sido "dos melhores encontros dos últimos
tempos".
"Foi das
melhores reuniões realizadas pelo PAIGC nos últimos tempos, tanto ao nível do
`bureau` politico como do Comité Central, foram reuniões frutuosas que vão
contribuir muito para cimentar a reconciliação interna do partido",
observou Barbosa.
O porta-voz do
PAIGC adiantou igualmente que o Comité Central mandatou a bancada parlamentar
no sentido de contactar as instituições da república para que os antigos e
falecidos presidentes do país, Luís Cabral e João Bernardo "Nino"
Vieira, sejam consagrados como heróis nacionais.
O PAIGC quer ver os
corpos destes dois antigos dirigentes trasladados para o mausoléu Amílcar
Cabral na fortaleza d`Amura, em Bissau, onde estão enterrados todos os heróis
da luta armada pela independência do país.
Luís Cabral,
primeiro presidente da Guiné-Bissau independente (entre 1973 e 1980) está
sepultado num cemitério de Lisboa e "Nino" Vieira (presidente de 1980
a 1999 e de 2005 a 2009) no cemitério municipal de Bissau.
RTP – Lusa
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