Ta Nea, To Ethnos,
I Kathimerini – Presseurop – imagem Ta Nea
A morte, na noite
de terça para quarta-feira, do rapper Pavlos Fyssas por um militante
alegadamente do partido neonazi Alvorada Dourada provocou uma vaga de emoção na
Grécia de que a comunicação social fez eco a 19 de setembro.
“Basta!” é a
manchete de Ta Nea, que fala de um “choque no seio da população” após o crime
do Alvorada Dourada. “Desta vez foi demais”, afirma este jornal, que
relembra que os militantes do partido, que está representado por 18 deputados
no Parlamento grego, estão na origem de vários atos de violência contra os
imigrantes. Ta Nea afirma que uma guerra contra a extrema-direita deve
iniciar-se no seio da classe política no seu todo. E para começar, no Governo,
que prepara uma série de leis para conseguir afastar o Alvorada Dourada do
Parlamento o mais rapidamente possível. Isto deveria traduzir-se numa
modificação do código penal, que será bem mais severo do que anteriormente.
“Revoltem-se – o
monstro do nazismo mata”, é o título de To Ethnos que publica uma foto do
presumível assassino, usando uma camisola com o emblema do Alvorada Dourada,
juntamente com outros militantes. Para este diário de esquerda, o clima de
tensão política sem precedentes que invadiu o país é alimentado pelo facto de o
Governo de Antonis Samaras ter apoios da extrema-esquerda e da extrema-direita.
A teoria dos dois
extremos repetidamente evocada pelo primeiro-ministro é perigosa. Vivemos na
realidade uma tragédia única desde o regresso da democracia. A escalada do
fascismo no país é inédita.
Habitualmente
moderado, I Kathimerini, faz manchete sobre o “Chocante crime de um neonazi”, e
vai mais longe ao afirmar que o país está a
marchar em direção ao caos. A exposição da violência tornou-se diária. Mas o
caráter político deste crime relança o debate sobre os dois extremos e instala
um clima de animosidade ainda mais perigoso.
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Presseurop
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