Balneário Público
Cavaco Silva
defende que não se deve tirar conclusões nacionais do resultado das eleições
autárquicas, disse-o à reportagem das televisões e dos jornais. É
evidente que ao PR liberal-fascista não convém que se tirem conclusões
nacionais destas eleições porque suspeita que os partidos do governo que ele
apoia contra os interesses dos portugueses vão sofrer penalizações avultadas
e que isso também representa a sua derrota por via de ser um doentio apoiante
do governo do seu partido político (PSD) e de Paulo Portas (CDS). Para além de
ser justamente considerado o pior PR pós 25 de Abril de 1974, no Portugal
Democrático. Afirmou ainda Cavaco que os portugueses eleitores que não votaram
“não têm autoridade para depois criticar”. E então neste aspeto já é válida a
conclusão nacional? Em que ficamos, senhor PR liberal-fascista? Ser democrático
é reconhecer o direito aos cidadãos eleitores de optarem por não votar. Os
eleitores abstencionistas são cidadãos de pleno direito, são contribuintes, são
também quem alimenta as mamas onde Cavaco Silva e outros da sua espécie
abocanham e sugam o que depois transferem para as suas anafadas contas
bancárias, para as suas “aplicações” – como Cavaco gosta tanto de dizer. E
então, nem por isso podem criticar? Pagam e não bufam? Mas que PR é este? O
défice democrático de Cavaco é enorme e aqui fica mais um exemplo das suas
tendências fascistas cobertas por uma capa de liberalismo que confunde muitos
portugueses mas não os bastantes para que não se saiba que ao engano
portugueses que nele votaram estavam a votar num liberal-fascista, num
salazarista da modernidade que fede a bafio no seu saudosismo pela ditadura que
serviu agradado e com denodo.
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