Folha
8 – 23 novembro 2013
Eduardo
dos Santos é “engenheiro da morte”, disse um dirigente do PRS ao anunciar a
participação na manifestação do 23.11. Ao mesmo tempo, o governo Provincial de
Cabinda emitiu um comunicado onde proíbe a realização do protesto popular, por
o regime do MPLA considerar, esta norma, apenas constitucional, no resto do
território, pois lá, sempre que for um acto da oposição é ilegal, por não ter
autorização das autoridades provinciais. E tem mais na musculatura das tropas
do MPLA, que “administram” o território, caso persistam, eles deixam claro que podem
soltar os cães de guerra, na companhia das brigadas especiais aí estacionadas.
É
face a esta política discriminatória que o tom de tolerância vai subindo, ao
ponto do PRS, já não ter muitas dúvidas: “o responsável principal pelas mortes
de Cassule e Kamulingue é o chefe do executivo angolano. Aquele que foi
efusivamente aclamado por arquitecto da paz revela agora o seu outro lado: O de
engenheiro da morte,” assegura Sapalo António. E quando o governador em
exercício em Cabinda, Otiniel da Silva, em comunicado diz que o Governo
considera a manifestação ilegal e adverte para a possibilidade da intervenção policial
em caso de desobediência, não deixa margens para dúvidas, sob a real natureza
deste estado policial e de, afinal, Cabinda ser uma colónia, com leis diferentes
das aplicadas nas restantes províncias.
1 comentário:
Cabinda é, por enquanto, uma colónia de Angola. Mas, um dia destes, será com certeza o que o seu Povo quiser, provavelmente um país independente.
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