12 DE NOVEMBRO DE
1991
O Massacre de Santa
Cruz em Timor
Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de
Santa Cruz em Dili,
a 12
de novembro de 1991,
durante a ocupação de Timor-Leste pela
Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da
independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor
Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem
membro da resistência timorense, e havido uma romagem à sua campa no cemitério.
Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra
os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à
independência do país.
HISTÓRIA
Após a invasão de Timor Leste
pela Indonésia
em 1975, muitos timorenses se sentiam oprimidos e foram mortos por questões
políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio.
Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12
jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do
Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura,
Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da
jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento
independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da
delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor
Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional
da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude
timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal.
Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da
resistência na Igreja de Motael, em Dili. O confronto deu-se entre os ativistas
pró-integração e os activistas independentistas que estavam na Igreja; quando
este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante
da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa
indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a
luta. A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde
se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes1
até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar
homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 74
pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes.2
Até 2012, a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida.3
Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do
referendo pela independência.4
Wikipédia
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