sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

LÍDER DA UNITA DEFENDE NOVO “CONTRATO SOCIAL” PARA ANGOLA

 


O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, defendeu no seu discurso de fim de ano um "contrato social" para Angola, para substituir o que considerou ter "ruído e falido" devido às violações da Constituição pelo Governo.
 
"Quando a Constituição é pisada todos os dias por quem a devia proteger, quando o futuro dos filhos da nação é sequestrado por quem o devia proteger, quando o Governo entra em conflito aberto com o povo e passa a violentar a dignidade da pessoa humana, quando o executivo se torna o epicentro da corrupção, então a nação precisa de celebrar um novo contrato social", disse Samakuva na sua mensagem distribuída à imprensa.
 
Para o líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), nenhum dos diversos acordos assinados para a paz de Angola teve o mérito de produzir o contrato social angolano.
 
"Parece haver um consenso nacional sobre o diagnóstico dos passivos históricos, das debilidades estruturais e dos problemas mal resolvidos que enfermam a conspeção no nosso país e a génese do nosso Estado", sublinhou Samakuva na sua mensagem.
 
O líder do maior partido da oposição angolana referiu que o novo contrato social deve ser "pacífico, livre, consensual e democrático", visando "reformas ou transformações culturais e estruturais profundas, que, pela sua natureza e dimensão, configuram uma revolução democrática.
 
"Revolução no conceito de Angola, revolução na forma de participação política dos cidadãos, revolução na forma de gerir a economia, revolução nas políticas públicas para a educação, emprego, saúde e habitação, revolução na administração da justiça, revolução na descentralização do poder", definiu.
 
Segundo o líder da UNITA, "a paz militar está consolidada, mas a paz civil tarda a chegar", demonstrando os acontecimentos de 2013 que "ela ficou mais longe".
 
"Algo está errado. Sim, algo está errado, porque quando há crescimento regular da riqueza nacional, ou seja do Produto Interno Bruto, e não há crescimento do bem-estar dos nacionais, ou seja, da Felicidade Interna Bruta, algo está errado", considerou.
 
O aumento das despesas militares em detrimento da despesa pública social no Orçamento Geral do estado para 2014, é uma demonstração para a UNITA de que "o ano de 2014 será pior" que o ano que termina.
 
"Tal como nos anos anteriores, o ano de 2013 foi também uma combinação perversa de imensas oportunidades de crescimento para uns poucos, com o estado de miséria, ignorância e sofrimento da grande maioria dos angolanos. E tudo indica que o ano de 2014 será pior", disse Isaías Samakuva.
 
Notícias ao Minuto com Lusa – foto cache da Lusa
 

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