O presidente de
transição da República Centro Africana, Michel Djotodia, demitiu hoje três
ministros, de acordo com decretos presidenciais a que a agência France Presse
teve acesso.
Os ministros da
Segurança Pública, Josué Binoua, das Finanças e do Orçamento, Christophe
Bremaidou, e da Pecuária, Joseph Bendounga, foram demitidos, assim como o
diretor do Tesouro e da Contabilidade Pública, Nicolas Geoffroy Gourna-Douath.
De acordo com uma
"declaração presidencial", "todos os movimentos nas diferentes
contas do Tesouro público estão suspensos até nova ordem".
Fonte próxima do
poder disse à AFP que "estes ministros foram demitidos porque não se sabe
onde estão. Já não governavam".
Candidato às
presidenciais de 2005, o pastor Josué Binoua, que também tem nacionalidade
francesa, está atualmente em França, depois de ter sido levado pelo exército
francês para a base militar de Mpoko há alguns dias.
Na sua casa foram
encontradas armas que, segundo Binoua, se destinavam a agentes da segurança
pública e estavam todas registadas.
"A decisão de
me demitirem não me surpreende. Eles acusam-me, são coerentes. Não podia ficar
na República Centro Africana devido às ameaças", afirmou por telefone à
AFP.
O seu ministério,
equivalente ao da Administração Interna, é um posto chave num país atualmente
afetado por confrontos sectários que causaram mais de 600 mortos na última
semana.
Bremaidou, antigo
opositor do presidente François Bozizé derrubado em março pelo atual poder e
dirigente do pequeno partido Aliança pela Solidariedade e o Desenvolvimento,
assim como Gourna-Douath responderão pela situação catastrófica das finanças
públicas.
Lusa
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