Depois
da derrota com o Regime Especial das Micro e Pequenas Empresas, tempos difíceis
esperam o governo e o Primeiro-ministro, caso este se mantenha na mesma posição
de sempre, procurando ganhar tempo e adiando a concertação com os sindicatos
As ruas da Praia,
do Mindelo e do Sal encheram-se esta segunda-feira de milhares de trabalhadores
numa resposta ao governo e a José Maria Neves, exigindo a reposição do poder de
compra, mais empregos, a devolução do IUR e respeito pelos trabalhadores, entre
outras reivindicações, embalados pela vitória que foi a declaração de
inconstitucionalidade do Regime Especial das Micro e Pequenas Empresas.
Na cidade da Praia
cinco milhares de trabalhadores corresponderam ao apelo das centrais sindicais
e marcharam pela Avenida de Lisboa, ao som de palavras de ordem e ostentando
vários cartazes com as principais reivindicações sindicais.
Perante esta
manifestação de força, que contrariou as repetidas declarações de José Maria
Neves de que o protesto não se justificava, os sindicatos esperam que agora o
Primeiro-ministro aceite negociar as reivindicações em pauta, caso contrário o
caminho parece ser a greve geral, uma ameaça que ficou no ar pelas palavras do
secretário-geral da UNTC-CS: "Ganhamos esta luta. Estamos satisfeitos com
o nível de adesão das pessoas. Os trabalhadores responderam positivamente ao
nosso apelo. Agora, o Governo tem de se disponibilizar para o diálogo e ter
humildade para isso", exigiu Júlio Ascensão Silva, que esteve sempre
acompanhado do líder da CCSL, José Manuel Vaz.
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