Moçambique está
disponível e tem capacidade e infraestruturas para organizar a próxima edição
dos Jogos da Lusofonia, em 2017, mas há “aspetos a ponderar”, afirmou hoje o
ministro da Juventude e Desportos moçambicano, Fernando Sumbana Júnior.
“Há uma proposta no
sentido de Moçambique acolher os próximos Jogos, mas ainda vamos trabalhar no
sentido de avaliar as responsabilidades. Nós temos de ver na mesa a proposta
especificamente: ver responsabilidades do ponto de vista financeiro, material e
humano”, apontou o ministro, em declarações à agência Lusa, em Goa, à margem da
3.ª edição dos Jogos da Lusofonia.
Capacidade e
disposição existem em Moçambique, “mas temos de ponderar esses aspetos para ter
a certeza de que tudo vai correr bem”, completou.
Uma delegação
deslocar-se-á para colocar essa questão formalmente a Moçambique que, só a
partir desse momento, é que poderá dar uma resposta, explicou Fernando Sumbana
Júnior, frisando que “não se pode antecipar a esse assunto”, quando questionado
sobre uma decisão formal sobre o país anfitrião da próxima edição dos Jogos da
Lusofonia, a terem lugar em 2017.
“Com certeza, temos
interesse de abrir o espaço e de ter o convívio com todos os países lusófonos,
por isso é que estamos aqui [Goa] e trouxemos uma delegação de peso, mas
teremos de olhar para os aspetos práticos, olhar como podemos levar a cabo a
ação”, realçou.
Segundo o ministro
moçambicano, “não se tratam de questões de caráter técnico nem de
infraestruturas, trata-se simplesmente de recebermos a proposta, de a analisar
e tomar uma decisão. A proposta que há de vir tem de ser específica. É assim
que nós funcionamos em Moçambique: há uma proposta, pondera-se todos os aspetos
e põe-se na mesa”, acrescentou o mesmo responsável.
“Nós temos
capacidade e já demonstrámos isso com desafios como os Jogos Africanos [em
2011] – em que participaram perto de meia centena de países –, num evento que
“nos permitiu desenvolver infraestruturas e a capacidade de organização”,
sustentou.
Mesmo assim, faltam
quatro anos e há pelo menos infraestruturas e um “bom povo, sempre aberto” e
que “gosta de receber”, assinalou Fernando Sumbana Júnior.
O presidente do
Comité Olímpico de Moçambique (COM) referiu que “tudo indica” que será Maputo a
acolher a próxima edição dos Jogos, na sequência do convite endereçado para
Moçambique se candidatar, mas rejeitou assumir essa possibilidade como um facto
consumado.
“Não é ainda
definitivo porque há pequenas questões que estamos a ajustar. Em termos de
vontade, Moçambique está disponível para organizar, agora, estamos a trabalhar
na parte dos meios”, complementou o presidente do COM, Marcelino Macome.
Enquanto isso, em
Goa, e em termos desportivos, Moçambique apresenta duas expectativas: “A
primeira é superar os resultados dos anteriores, em Lisboa. Depois,
estabelecemos uma equipa de algumas das modalidades num processo muito rígido
de preparação e qualificação para os Jogos do Rio2016, pelo que os seus
resultados servirão de avaliação para continuar ou não no programa de acordo
com os objetivos traçados”.
“Estamos a falar do
basquetebol feminino, voleibol feminino, do atletismo e do judo”, acrescentou o
presidente do COM, país que participa nos Jogos da Lusofonia com uma comitiva
composta por cerca de 80 atletas.
DM // JP - Lusa
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