A União Europeia
reafirmou na terça-feira que o processo eleitoral em Moçambique deve ser
"transparente, justo e inclusivo", nas vésperas do arranque do
recenseamento para as eleições presidenciais e legislativas de outubro.
"A necessidade
de garantir a probidade do processo, assim como a segurança dos eleitores, é
uma questão fulcral, tendo em vista as próximas eleições", disse na
terça-feira o embaixador da UE em Maputo, Paul Malin, falando num encontro com
jornalistas.
"A União
Europeia continua empenhada em acompanhar Moçambique na via do aprofundamento
da democracia", acrescentou o diplomata irlandês.
Paul Malin
referiu-se à situação de conflito que Moçambique atravessa, com confrontos
frequentes e sangrentos entre soldados e homens armados da Renamo, o principal
partido da oposição, recordando a posição da UE de "condenação do uso de
força para atingir fins políticos".
Esta posição,
expressa este mês por Catherine Ashton, alta representante da União Europeia
para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, foi contestada pela
Renamo, que a desafiou a provar que é este partido o responsável pelos ataques
que já causaram dezenas de mortos e milhares de refugiados.
"A UE tem
sempre encorajado o diálogo político e a solução dos diferendos por vias
pacíficas e democráticas", insistiu o embaixador da UE em Maputo
A União Europeia é
o principal parceiro de cooperação de Moçambique, numa política posta em
prática há 30 anos, e que resulta num pacote financeiro anual acima dos 620
milhões de euros, repartidos entre a UE e os seus estados-membros.
Entre as
iniciativas agendadas para este ano em Moçambique, Paul Malin destacou a
realização de "eventos públicos na área da liberdade de expressão",
diretamente relacionada "com a liberdade da imprensa em geral e o acesso à
informação".
Lusa, em Notícias
ao Minuto
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