O anúncio já tinha
sido feito há alguns meses: Xanana Gusmão abandona em breve o cargo de primeiro-ministro
e entrega o poder político às novas gerações. Fonte próxima do PM timorense
afirma que “esta decisão tem a carga absoluta do bom caráter de Xanana Gusmão e só
prova que nunca esteve agarrado ao poder, somente se viu obrigado a assumir o
comando em prol dos interesses do povo e do país.”
Para os detratores
de Xanana Gusmão “esta atitude tem algo de obscuro e importa que tudo seja esclarecido”. Xanana está realmente a
aparentar que não está “agarrado ao poder mas o futuro virá provar o contrário”.
Personalidade muito
próxima de Xanana afirma que “esta decisão é como uma bofetada de luva branca
para aqueles que têm caluniado Xanana ao longo de todos estes anos.” E acrescenta que "quase tudo lhe chamaram (a Xanana), desde golpista a corrupto, até traidor, mas agora nem sabem o que dizer e escondem-se perante as evidências das suas mentiras e calúnias". (Redação
PG)
Xanana Gusmão deixa
cargo de primeiro-ministro em breve
09 de Janeiro de
2014, 16:39
Díli, 09 jan (Lusa)
- O primeiro-ministro de Timor-Leste vai abandonar o cargo em breve, disse hoje
Xanana Gusmão à agência Lusa, depois de se ter despedido do Parlamento
Nacional, durante a discussão do Orçamento do Estado.
"Depois deste
orçamento", afirmou Xanana Gusmão, sem precisar uma data, quando
questionado pela Lusa sobre o momento em que vai apresentar a demissão do cargo
de primeiro-ministro.
No início do seu discurso
para apresentar o Orçamento do Estado de 2014, Xanana Gusmão despediu-se dos
deputados do Parlamento Nacional: "É com todo o respeito que me dirijo, e
pela última vez na qualidade de primeiro-ministro, a esta que é por excelência
a casa mãe da nossa democracia", afirmou.
Em novembro, Xanana
Gusmão já tinha afirmado à Lusa que deixaria de assumir funções de
primeiro-ministro até 2015 para passar as competências para as novas gerações.
"Já é uma
decisão. Vou sair até 2015. Para passar, transferir as competências e a
capacidade de pensar à nova geração", afirmou à Lusa Xanana Gusmão, que
ocupa o cargo de chefe de Governo do desde agosto de 2007, depois de um mandato
como Presidente da República.
O ex-líder da
resistência timorense voltou a assumir o cargo de chefe do Governo em agosto de
2012, após o partido de que é fundador, Conselho Nacional da Reconstrução de
Timor-Leste, ter ganho as eleições legislativas.
"Eu já dei
tudo o que pude dar. Vamos ajudar mais em termos de consolidar a visão sobre o
futuro. Não vamos imiscuir-nos nos trabalhos do dia-a-dia, para eles sentirem a
responsabilidade e que são responsáveis pelos seus atos", salientou na
altura.
A imprensa
timorense tem avançado o mês de setembro para Xanana Gusmão apresentar a
demissão.
MSE // HB
Partido de PM
timorense respeita decisão de demissão, mas preferia que fosse mais tarde
09 de Janeiro de
2014, 20:45
Díli, 09 jan (Lusa)
- O secretário-geral do Conselho Nacional de Reconstrução de Timor-Leste,
Dionísio Babo, disse hoje que o partido respeita, mas não concorda, com a
intenção do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, de abandonar o cargo
tão cedo.
"Nós
respeitamos, mas o CNRT não concorda com a demissão tão cedo", disse o
secretário-geral do partido presidido e fundado por Xanana Gusmão.
Dionísio Babo
explicou à agência Lusa que a intenção do primeiro-ministro "não é uma
surpresa", porque desde o início da atual governação que já tinha
anunciado que não iria completar o ciclo governativo.
Segundo Dionísio
Babo, o CNRT tem discutido a posição de Xanana Gusmão e apresentado vários
cenários, mas, "infelizmente, o primeiro-ministro está determinado em deixar
o cargo".
O secretário-geral
do CNRT explicou também que está a ser elaborado "um pacote de ideias
entre o primeiro-ministro, Mari Akatiri, José Ramos-Horta e Lu Olo e
possivelmente outros líderes históricos para se preparar uma transição pacífica
para a nova geração, principalmente na parte executiva da governação".
"Aqueles
líderes históricos serão conselheiros e supervisores", disse.
Sobre a
substituição do primeiro-ministro Xanana Gusmão, Dionísio Babo disse que o CNRT
deve ouvir os membros da coligação, porque não é o único partido no Governo.
O Partido
Democrático, do vice-primeiro-ministro, Fernando La Sama de Araújo, e a Frente
Mudança, do atual chefe da diplomacia do país, José Luís Guterres, são as
outras formações partidárias que integram o atual Governo timorense.
O primeiro-ministro
de Timor-Leste disse hoje que vai abandonar o cargo em breve, em declarações à
agência Lusa depois de se ter despedido do Parlamento Nacional, durante a
discussão do Orçamento do Estado.
"Depois deste
orçamento", afirmou Xanana Gusmão, sem precisar uma data, quando
questionado pela Lusa sobre o momento em que vai apresentar a demissão do cargo
de primeiro-ministro.
No início do seu
discurso para apresentar o Orçamento do Estado de 2014, Xanana Gusmão
despediu-se dos deputados do Parlamento Nacional: "É com todo o respeito
que me dirijo, e pela última vez na qualidade de primeiro-ministro, a esta que
é por excelência a casa mãe da nossa democracia", afirmou.
Em novembro, Xanana
Gusmão já tinha afirmado à Lusa que deixaria as funções de primeiro-ministro
até 2015 para passar as competências para as novas gerações.
Xanana Gusmão ocupa
o cargo de chefe de Governo desde agosto de 2007, depois de um mandato como
Presidente da República.
O ex-líder da
resistência timorense voltou a assumir o cargo de chefe do Governo em agosto de
2012, após o CNRT ter ganhado as eleições legislativas.
MSE // VM - Lusa
Fretilin diz que
não vai exigir eleições antecipadas após saída de PM timorense
09 de Janeiro de
2014, 20:57
Díli, 09 jan (Lusa)
- O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente disse
hoje que a substituição de Xanana Gusmão como primeiro-ministro será difícil,
mas que a Fretilin vai deixar que o ciclo governativo se complete, afastando a
hipótese de eleições antecipadas.
"Sei que será
uma substituição difícil, particularmente se a estrutura orgânica do Governo se
mantiver. É um Governo muito pesado, cheio de contradições, de sobreposições de
competências e disfuncional", afirmou à agência Lusa Mari Alkatiri.
Questionado sobre
possibilidade de a saída de Xanana Gusmão provocar eleições antecipadas, o
secretário-geral da Fretilin afastou a hipótese e disse que a postura do seu
partido é de "deixar que o ciclo governativo se complete".
"Isso também
faz parte de uma cultura democrática que queremos imprimir neste país",
salientou, defendendo que a saída de Xanana Gusmão deve também implicar uma
remodelação profunda na estrutura do Governo.
Sobre a data de
setembro, anunciada pela imprensa, para a eventual saída do primeiro-ministro,
Mari Alkatiri disse que foi ele próprio quem a avançou.
"Foi uma
sugestão minha para não apressar, porque é preciso que se garanta essa
transição de uma forma suave, sustentável e porque é preciso haver outras
legislações, porque o que a dita geração velha vai desempenhar não pode ser
informal, tem de ter um caráter legal e formal", disse, acrescentando que
o primeiro-ministro não deverá sair imediatamente após a aprovação do Orçamento
do Estado no parlamento.
O CNRT disse hoje
que está a ser elaborado um pacote de ideias entre Xanana Gusmão, Mari
Alkatiri, José Ramos-Horta, antigo chefe de Estado, e Lu Olo, presidente da
Fretilin, para uma transição pacífica para a nova geração. Aqueles líderes
históricos serão conselheiros e supervisores.
Segundo Mari
Alkatiri, Xanana Gusmão chegou à conclusão que já é tempo de a geração de
1974-75 se colocar em "cima da montanha e ter uma visão global do
país".
"Essa
proposta, já a tinha apresentado em 2007. Levou algum tempo para o
primeiro-ministro, Xanana Gusmão, entender isso, levou algum tempo para o
ex-Presidente da República Ramos-Horta também entender isso", disse.
A Fretilin é o
único partido da oposição com representação parlamentar em Timor-Leste, mas em
2013 votou a favor do Orçamento do Estado, que passou por unanimidade no
parlamento nacional.
O primeiro-ministro
de Timor-Leste anunciou hoje que vai abandonar o cargo em breve, em declarações
à agência Lusa depois de se ter despedido do Parlamento Nacional, durante a
discussão do Orçamento do Estado.
"Depois deste
orçamento", afirmou Xanana Gusmão, sem precisar uma data, quando
questionado pela Lusa sobre o momento em que vai apresentar a demissão do cargo
de primeiro-ministro.
No início do seu
discurso para apresentar o Orçamento do Estado de 2014, Xanana Gusmão
despediu-se dos deputados do Parlamento Nacional: "É com todo o respeito
que me dirijo, e pela última vez na qualidade de primeiro-ministro, a esta que
é por excelência a casa mãe da nossa democracia", afirmou.
MSE // VM - Lusa
Partidos da
coligação do Governo timorense dizem confiar na decisão de PM em abandonar
cargo
09 de Janeiro de
2014, 21:16
Díli, 09 jan (Lusa)
-- Os líderes de dois dos partidos que integram a coligação do Governo
timorense manifestaram hoje confiança na decisão do primeiro-ministro, Xanana
Gusmão, em abandonar o cargo.
O presidente do
Partido Democrático (PD), Fernando La Sama de Araújo, que no atual Governo
timorense ocupa o cargo de vice-primeiro-ministro, disse hoje que confia nas
decisões de Xanana Gusmão
"Eu já afirmei
uma vez que tenho muita confiança nas decisões do primeiro-ministro tal como
tive no tempo da resistência, também tenho no processo da reconstrução do novo
Estado", afirmou o presidente do PD.
Segundo Fernando La
Sama de Araújo, Xanana Gusmão nunca falhou nas suas decisões e por isso a
"decisão dele é o melhor para Timor-Leste".
Por seu lado, o
líder da Frente Mudança, José Luís Guterres, que é o chefe da diplomacia no
Governo timorense, afirmou que a nova geração já está no poder.
"A nova
geração já está no poder. O Presidente da República é da nova geração, aqui no
parlamento nacional a maioria é da nova geração, assim como 97 por cento dos
membros do governo são da nova geração", afirmou o presidente da Frente
Mudança, José Luís Guterres.
A Frente Mudança,
juntamente com o PD e o Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste
(CNRT), de Xanana Gusmão, constituem a coligação governamental, que tomou posse
em agosto de 2012.
"Devo dizer
que ele tem falado sobre isso já há algum tempo. A minha posição tem sido
sempre de que ele continua a ter muita energia, inteligência e visão
estratégica para continuar a conduzir os destinos deste país", acrescentou
José Luís Guterres.
Xanana Gusmão
anunciou hoje que vai deixar em breve o cargo de primeiro-ministro de
Timor-Leste, depois de dizer durante o discurso de abertura do debate do
orçamento de Estado para 2014 que era a última vez que se dirigia ao hemiciclo
como chefe do executivo do país.
Em novembro, o
primeiro-ministro timorense já tinha afirmado à agência Lusa que iria deixar o
poder até 2015 para dar espaço para a geração mais nova assumir a liderança do
país.
MSE // VM - Lusa
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