O
recém-empossado Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, apelou aos
guineenses residentes no exterior e em especial àqueles que vivem em Cabo Verde que voltem à
sua terra natal porque precisa da “mãozinha” de todos para reconstruir o país e
reconquistar o respeito internacional. Reforçou humildemente que “sé é para
sofrer, vamos sofrer juntos. Se é para fazer a nossa terra uma grande terra,
vamos todos fazer a nossa terra ser uma grande terra”.
Em
entrevista à TCV, José Mário Vaz dirigiu-se directamente aos “bons quadros que
estão em Cabo Verde ”
aos quais, embora reconhecendo a sua utilidade para as terras crioulas, não
precipita em afirmar que seriam muito úteis nesta fase que o seu país atravessa.
Mais: Apelou que regressem, garantindo que estará sempre ao lado deles.
A
falar de filho da Guiné para filhos da Guiné, José Mário Vaz pediu humildemente
que “sé é para sofrer vamos sofrer juntos. Se é para fazer a nossa terra uma
grande terra, vamos todos fazer a nossa terra ser uma grande terra”.
“O
que queremos de facto é que todos os guineenses, estejam onde estiverem, é
chegado o momento de dar-mos uma mãozinha à Guiné-Bissau e fazer com que seja
respeitada a nível internacional”. “É chegado o momento da Guiné-Bissau
afirmar-se no Estado das Nações” congratula, reforçando as suas expectativas
numa Guiné próspera, unida e reconciliada e que “já conseguiu harmonizar-se com
os seus próprios parceiros”. Isto, sem no entanto deixar de alertar aos guineenses
que é preciso uma grande dedicação ao trabalho.
José
Mário Vaz que prometeu honrar as promessas eleitorais e garantiu tolerância
zero à corrupção, não está (pelo menos ainda) em condições de garantir o
término dos golpes de estado naquele país, mas garante que “a democracia vai
finalmente ganhar contra outra formas de acesso ao poder”.
As
recentes eleições democráticas e pacíficas da Guiné-Bissau, durante as quais
José Mário Vaz tornou-se o quinto Presidente democraticamente eleito, vieram
dar à Guiné-Bissau uma nova dose de esperança, o que veio fazer com que as
atenções da comunidade internacional se virassem para um país sucessivamente
fustigado por golpes-de-estado que o levaram a ser considerado um narco-Estado.
José
Mário Vaz tem uma enorme batalha pela frente de purgar o seu país e conseguir
angariar os recursos humanos e financeiros para devolver a credibilidade à
Guiné-Bissau. Para isto precisará indubitavelmente de boa parte dos quadros
guineenses espalhados pelo mundo.
Sanny
Fonseca – A Semana (cv)
Sem comentários:
Enviar um comentário