Países
falantes de Língua Portuguesa detém 30% da produção mundial de hidrocarbonetos
Dados
do jornal português Público mostram que 50% dos recursos petrolíferos
descobertos, na última década, estão na Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP). Em meados deste século, o gás e petróleo de Angola, Brasil,
Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé representarão 30% da produção mundial de
hidrocarbonetos, o equivalente à produção actual do Médio Oriente. O que, por
exemplo, abre perspectivas não displicentes para o futuro do porto de Sines (em
Portugal), como plataforma de entrada do gás com destino a uma Europa já ciente
do perigo da dependência russa.
É
a estes valores que se vai somar a produção petrolífera da Guiné Equatorial, a
terceira maior a sul do Sahara após a Nigéria e Angola, o país mais rico da
África Sub-sahariana, com 35 mil dólares de rendimento per capita – semelhante
ao do Reino Unido –, embora 78% dos seus habitantes vivam abaixo do limite da
pobreza.
São
os contornos, contraditórios mas já bem definidos, do desenho de um novo bloco,
que alia matérias-primas, novos interesses e multinacionais. Aos interesses das
empresas que operam nas antigas colónias portuguesas, juntam-se agora os
interesses representados na Guiné Equatorial, especialmente a Exxon Mobil, a
grande investidora no sector do petróleo no país de Obiang, e a China, que
controla o negócio do gás.
O
País (mz)
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