quinta-feira, 10 de julho de 2014

CPLP ACOLHE 50% DAS DESCOBERTAS DE RECURSOS PETROLÍFEROS




Países falantes de Língua Portuguesa detém 30% da produção mundial de hidrocarbonetos

Dados do jornal português Público mostram que 50% dos recursos petrolíferos descobertos, na última década, estão na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Em meados deste século, o gás e petróleo de Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé representarão 30% da produção mundial de hidrocarbonetos, o equivalente à produção actual do Médio Oriente. O que, por exemplo, abre perspectivas não displicentes para o futuro do porto de Sines (em Portugal), como plataforma de entrada do gás com destino a uma Europa já ciente do perigo da dependência russa.

É a estes valores que se vai somar a produção petrolífera da Guiné Equatorial, a terceira maior a sul do Sahara após a Nigéria e Angola, o país mais rico da África Sub-sahariana, com 35 mil dólares de rendimento per capita – semelhante ao do Reino Unido –, embora 78% dos seus habitantes vivam abaixo do limite da pobreza.

São os contornos, contraditórios mas já bem definidos, do desenho de um novo bloco, que alia matérias-primas, novos interesses e multinacionais. Aos interesses das empresas que operam nas antigas colónias portuguesas, juntam-se agora os interesses representados na Guiné Equatorial, especialmente a Exxon Mobil, a grande investidora no sector do petróleo no país de Obiang, e a China, que controla o negócio do gás.

O País (mz)

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