Díli,
19 jul (Lusa) - O líder do governo timorense, Xanana Gusmão, disse hoje que
Timor-Leste não pode "produzir milagres", numa referência à ausência
dos presidentes de Angola e do Brasil na cimeira da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa.
"Não
podemos produzir milagres", mas "teria sido fantástico se o
Presidente angolano pudesse vir e a 'Presidenta' Dilma. São situações que não
podemos evitar, mas teria sido fantástico", afirmou em entrevista à
agência Lusa Xanana Gusmão.
"Eu
acredito sinceramente que oportunidades se darão, se não é aqui é em outro
lado, para que reforcemos assim o potencial que todos temos. A Presidente Dilma
está em campanhas, mas enfim teria sido fantástico", insitiu Xanana
Gusmão.
O
Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, e a chefe de Estado do Brasil,
Dilma Rousseff, não vão estar presentes na cimeira de chefes de Estado e de
Governo da CPLP que se realiza quarta-feira pela primeira vez em Díli.
Timor-Leste
assume também pela primeira vez a presidência da organização durante o encontro
dedicado ao tema "CPLP e a Globalização", que vai ficar marcado pelo
regresso da Guiné-Bissau, após suspensão por causa do golpe de Estado de 2012,
e pela possível entrada da Guiné-Equatorial.
Em
Díli, vão estar os chefes de Estado de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, São
Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, Moçambique, Armando Guebuza, e de
Portugal, Aníbal Cavaco Silva, e também da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang.
Angola vai estar representada pelo vice-presidente, Manuel Vicente, e a
Guiné-Bissau vai estar representada pelo primeiro-ministro, Domigos Simões
Pereira.
O
primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, também vai participar na
cimeira da CPLP e realizar uma visita oficial entre os dias 24 e 25.
O
Brasil vai estar representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís
Alberto Figueiredo Machado.
Segundo
as autoridades timorenses, são esperadas mais de 800 pessoas na capital
timorense, Díli, para participarem nos trabalhos da cimeira, que arrancaram
quinta-feira com a reunião dos pontos focais da cooperação.
MSE - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário