quarta-feira, 20 de agosto de 2014

CONVOCADO PROTESTO GERAL CONTRA TODAS AS OPERADORAS DE JOGO EM MACAU




Macau, China, 20 ago (Lusa) -- A associação 'Forefront of Macau Gaming' convocou, para a próxima segunda-feira, um protesto geral contra as seis operadoras de jogo em Macau, para pedir aumentos de salários e melhores progressões nas carreiras, noticia hoje a imprensa local.

A medida surge depois de vários protestos, iniciados em julho, os quais já visaram, individualmente, três das operadoras de jogo com licença em Macau: Sands China, Galaxy e Sociedade de Jogos de Macau.

Na terça-feira, cerca de 1.300 manifestantes, segundo dados da organização, ou 400 na versão da polícia, concentraram-se na praça da Amizade, junto aos casinos Lisboa e Grand Lisboa, da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), fundada pelo magnata do jogo, Stanley Ho.

Seguindo uma sugestão dada durante a assembleia da 'Forefront of Macau Gaming', os manifestantes acabaram por realizar duas voltas a pé ao Grand Lisboa, numa marcha marcada por fortes assobios, mas sem cartazes ou palavras de ordem, uma vez que não tinham comunicado a manifestação às autoridades, escreve o Business Daily.

Realizado debaixo de chuva, o protesto foi o segundo em menos de uma semana contra a SJM, para pedir aumentos salariais de 10% e alterações no sistema de progressão de carreiras.

A decisão de realizar um protesto conjunto contra as seis operadoras de jogo foi justificada pela 'Forefront of Macau Gaming' pelo facto de muitas das reivindicações não terem sido atendidas e muitos trabalhadores não serem beneficiados por algumas das regalias entretanto anunciadas pelas operadoras Sands China e Galaxy, segundo o Jornal Tribuna de Macau.

No caso da SJM, a associação acusa a operadora de "ignorar por completo a opinião dos trabalhadores".

A concessionária de jogo reagiu entretanto, em comunicado, afirmando, por um lado, que oferece das melhores condições salariais na indústria de jogo em Macau e, por outro, que não reconhece a 'Forefront of Macau Gaming' como legítima representante dos trabalhadores da empresa. "As pessoas que pedem para negociar com a SJM não trabalham para a companhia e não têm o direito de o fazer", refere a SJM.

Na semana passada, a administradora delegada da SJM, Angela Leong, reagiu ao primeiro protesto contra a empresa afirmando que a operadora tinha sido a primeira das seis a aumentar os salários este ano, escusado-se a comentar eventuais novos aumentos.

De acordo com a imprensa local, a manifestação geral convocada para segunda-feira vai partir da praça Flor de Lótus e tem como destino o Palácio do Governo.

No âmbito da campanha eleitoral, iniciada no fim de semana, para a reeleição como chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On fez um breve comentário aos recentes protestos do setor do jogo, referindo que se trata de empresas privadas e, por isso, com autonomia quanto às decisões sobre os trabalhadores, escreve o Hoje Macau.

FV // PJA - Lusa

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