Macau,
China, 20 ago (Lusa) -- A associação 'Forefront of Macau Gaming' convocou, para
a próxima segunda-feira, um protesto geral contra as seis operadoras de jogo em
Macau, para pedir aumentos de salários e melhores progressões nas carreiras,
noticia hoje a imprensa local.
A
medida surge depois de vários protestos, iniciados em julho, os quais já
visaram, individualmente, três das operadoras de jogo com licença em Macau:
Sands China, Galaxy e Sociedade de Jogos de Macau.
Na
terça-feira, cerca de 1.300 manifestantes, segundo dados da organização, ou 400
na versão da polícia, concentraram-se na praça da Amizade, junto aos casinos
Lisboa e Grand Lisboa, da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), fundada pelo
magnata do jogo, Stanley Ho.
Seguindo
uma sugestão dada durante a assembleia da 'Forefront of Macau Gaming', os
manifestantes acabaram por realizar duas voltas a pé ao Grand Lisboa, numa
marcha marcada por fortes assobios, mas sem cartazes ou palavras de ordem, uma
vez que não tinham comunicado a manifestação às autoridades, escreve o Business
Daily.
Realizado
debaixo de chuva, o protesto foi o segundo em menos de uma semana contra a SJM,
para pedir aumentos salariais de 10% e alterações no sistema de progressão de
carreiras.
A
decisão de realizar um protesto conjunto contra as seis operadoras de jogo foi
justificada pela 'Forefront of Macau Gaming' pelo facto de muitas das
reivindicações não terem sido atendidas e muitos trabalhadores não serem
beneficiados por algumas das regalias entretanto anunciadas pelas operadoras
Sands China e Galaxy, segundo o Jornal Tribuna de Macau.
No
caso da SJM, a associação acusa a operadora de "ignorar por completo a
opinião dos trabalhadores".
A
concessionária de jogo reagiu entretanto, em comunicado, afirmando, por um
lado, que oferece das melhores condições salariais na indústria de jogo em
Macau e, por outro, que não reconhece a 'Forefront of Macau Gaming' como
legítima representante dos trabalhadores da empresa. "As pessoas que pedem
para negociar com a SJM não trabalham para a companhia e não têm o direito de o
fazer", refere a SJM.
Na
semana passada, a administradora delegada da SJM, Angela Leong, reagiu ao
primeiro protesto contra a empresa afirmando que a operadora tinha sido a
primeira das seis a aumentar os salários este ano, escusado-se a comentar
eventuais novos aumentos.
De
acordo com a imprensa local, a manifestação geral convocada para segunda-feira
vai partir da praça Flor de Lótus e tem como destino o Palácio do Governo.
No
âmbito da campanha eleitoral, iniciada no fim de semana, para a reeleição como
chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On fez um breve comentário aos recentes
protestos do setor do jogo, referindo que se trata de empresas privadas e, por
isso, com autonomia quanto às decisões sobre os trabalhadores, escreve o Hoje
Macau.
FV
// PJA - Lusa
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