FESTAS FELIZES A TODOS AUTÓCTONES PATRIOTAS!
William Tonet – Folha 8 Digital (ao) – 31 dezembro 2014
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está a fazer a primeira esquina para entregar o
cronómetro ao 2015. E o que nos apraz fazer, nesta hora?
Balanço!
O
que houve de bom e de mau em 365 dias.
POSITIVO
a)
O regime criou os primeiros bilionários e milionários de Angola e África,
constituindo um orgulho para uns poucos, claro, os do próprio sistema.
b)
A corrupção foi institucionalizada, deixando de ser considerada um crime, para
certos, governantes...
c)
A violação grosseira da Constituição não constitui crime, pelo contrário, premeia
o prevaricador.
d)
O parlamento deixou de ser órgão fiscalizador do executivo, convertendo-se numa
obsoleta e vergonhosa muleta do titular do poder executivo.
e)
A maioria dos deputados, traiu os eleitores, convertendo-se em caixas de
ressonância do Presidente da República, em função das mordomias.
f)
O Tribunal Constitucional transformou-se no guardião das vontades discricionárias
do actual Presidente da República, ao invés das normas constitucionais e das
claúsulas pétreas da Constituição 2010.
g)
A SONANGOL converteu-se na teta da família real e afins, deixando de ser uma
empresa de orgulho nacional, para empresa falida de chacota internacional.
h)
O Presidente da República, mostrou ter uma profunda responsabilidade
irresponsável sobre o projecto Kilamba, tanto que o programa com a SONIP/
DELTA resultou num profundo fiasco, merecedor de procedimento criminal. Agora
a vez é da empresa do MPLA: Imogestin. É o regabofe da má gestão pública.
i)
O Presidente da República, sem nunca ter sido nominalmente eleito e tendo
Angola um sistema parlamentar (art.º109.º CRA), converteu-se, por elucubrações
jurídicas gabinetais, em órgão de soberania. Escandâlo! Constituição, art.º
105.º.
j)
Os cofres de Estado estão vazios. 2014. O BNA está na linha amarela. O BPC,
também. Não há dinheiro! Roubaram-no ao povo, uns poucos, pois claro. Quem são?
P’ra quê, dizer? Os autóctones sabem… Faliram a CAP. Abriram champanhe.
Faliram o BESA. Abriram Moet & Chandon Brut Imperial.
k)
O partido no poder demonstrou em 2014, que cumpre o que promete: Trabalhar
mais, para distribuir melhor. Cumprindo a profecia, distribuiram melhor os
prejuízos da roubalheira ao povo, ficando os mesmo do costume, com as contas
refasteladas. O duplo aumento do preço do combustível é disso uma prova,
porquanto os dirigentes do regime continuarão com as senhas subvencionadas,
quer dizer, não pagam combustível.
NEGATIVO
O
regime estimulou o fosso das desigualdades sociais, violando grosseiramente o
princípio de igualdade, art.º 23.º de consagração constitucional.
Multiplicou
o número de endinheirados institucionais e regimentais, pela ascendência,
aumentando o número de pobres e discriminados pela descendência.
Os
filhos do Presidente da República, José Eduardo dos Santos consagraram-se como
bilionária e milionários, as portas escancaradas dos cofres públicos, terão
contribuido grandemente, uma vez, o pai ter reconhecido, publicamente, não ser
herdeiro e que era pobre, no tempo colonial, no de partido único e o seu
salário, não ultrapassar, em democracia os 15 mil dólares.
Mas
em 2014, os irmãos e familiares seguiram o mesmo comboio do riquismo fácil.
A
Lei n.º 3/10 de 29 de Março, da Probidade Pública emergiu como artificio para
graduar os generais mais ricos do mundo, três dos quais, com ligações intímas e
sentimentais ao próprio gabinete presidencial. Têm minas de diamantes, poços
de petróleo, bancos comerciais, supermercados, bombas de combustíveis, etc,
etc, etc.
Viver
honestamente é um antidote para se ser governante, mesmo quem entra agora como
vice-presidente, já tem vícios de mexer em coisa alheia. Desde espoliar à
força terras de pacatos populares, na zona do Futungo e na 21 de Janeiro, onde
etá a erguer mais um supermercado da sua cadeia: Kero, imitando prática antiga
de outros, que, pelos vistos, herdou na perfeição, daí o enriquecimento ilícito
trafegando influências, que se arrastam desde a Sonangol, vox populis
O
povo não teve liberdade, a democracia está amordaçada, a comunicação social
controlada e arregimentada e o Presidente insensível viola a própria
Constituição, numa clara demonstração dela ter sido feita, por mercenaries
jurídicos, que vivem no estrangeiro e aprovada, por deputados que não a leram.
Porquê, pergunta-me o leitor. Simples. Quando o povo quer utilizar as normas
nela inserida, o regime se dá conta, não estar preparado para a sua aplicação
e respeitabilidade, face a tempera controleira dictatorial e ter sido um
acidente, quer o art.º 47.º, direito de reunião e manifestação, quer o 213.º e
seguintes, sobre as autárquias.
Nunca
um regime que se diz democrático, proibiu, massacrou, espancou e assassinou
manifestantes indefesos, considerados 300 jovens frustrados, mas que metem
medo ao Presidente da República, quem tem um exército privado e ainda
transforma a Polícia Nacional, num corpo de auto- defesa partidária.
Os
angolanos precisam de continuar a acreditar, numa mudança efectiva, por nada
ser eterno, mais a mais quando o Papa Francisco nos recordou, no 22 de
Dezembro de 2014, estar o cemitério cheio de gente que se julgava insubstituível.
A
mensagem é clara e directa. É para isso que lutamos, por um país melhor e uma
democracia real. E temos de acreditar que com perseverança isto será possível.
Que a crença em Jesus
Cristo , seja a luz para chegarmos ao Pai, que abrirá a nova
aurora em Angola, dando um fim ao corrupção, julgando os corruptos, devolvendo
a justiça e a esperança de construirmos um país melhor para todos os povos.
Ainda
que este regime, que cada dia me envergonha mais, me assassine, em 2015, eu
acredito que um dia o povo vai correr com esta baderna!
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